Andando do centro de Vancouver em direção ao leste por cerca de vinte minutos, você vai descobrir um distrito que mais parece uma cidade chinesa. Cheio de encantos chineses, pode-se ver ali a arquitetura típica do país, diversas lojas de produtos chineses, além de muitas pessoas passeando nas ruas, ouvindo as últimas canções populares na China em lojas de produtos audiovisuais.
Esse distrito é a Chinatown de Vancouver. Como a segunda maior comunidade chinesa na América do Norte, o lugar é considerado uma "testemunha ocular" da história de mais de cem anos da presença dos chineses na região. Antes da realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, a zona solicitou sua inclusão na Lista dos Patrimônios Mundiais à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Kerry Jang, deputado chinês do parlamento municipal de Vancouver e participante do processo da solicitação, considera que a Chinatown de Vancouver tem sua vantagem especial para solicitar sua inclusão na lista dos Patrimônios Mundiais.
"A maior vantagem é que a Chinatown se situa em uma cidade bastante jovem. Comparado com a Europa e a China, Vancouver não têm muitos patrimônios culturais e históricos, então a posição desse distrito chinês é indispensável. Além disso, os chineses que vivem aqui formam uma comunidade grande e estão presentes desde a fundação da cidade. Por isso, é difícil para a Unesco nos ignorar."
Como representante da 4ª geração de imigrantes chineses no Canadá, Kerry Jang cresceu na Chinatown de Vancouver. Há mais de cem anos, seus antepassados partiram de Guangzhou, atravessaram o Oceano Pacífico e chegaram a Vancouver, levando tradições culturais chinesas e deixando aos seus descendentes inúmeros patrimônios arquitetônicos preciosos. O edifício Yushan, na Rua East Pender, é um deles.