Xu Zhiyong, professor da Universidade Normal de Beijing e especialista em política educacional, sugeriu que os funcionários públicos locais devem ser responsáveis se fracassarem em investir o suficiente em educação, como uma medida para ajudar o país a alcançar o objetivo de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) investido na educação este ano.
"Estou otimista sobre a realização da meta este ano, se um sistema de responsabilização for implementado rigorosamente", disse Xu.
A Lei de Educação Básica da China, introduzida em 1995, estipula que o crescimento no investimento educacional pelos governos de todos os níveis deve superar o das receitas fiscais. A Lei de Educação Compulsória emendada, que entrou em vigor em 2006, reafirma a exigência, adicionando que os governos locais que não alcançarem o objetivo devem assumir responsabilidades.
De acordo com os últimos números, o investimento fiscal na educação representou um recorde de 3,48% no PIB chinês em 2008.
Zhao Lu, funcionário do Ministério da Educação, disse que uma das razões pelas quais a meta não foi atingida é que as receitas fiscais do governo chinês representam cerca de 21% no PIB, uma taxa relativamente baixa. Como resultado, os governos de todos os níveis se sentem restritos financeiramente para atingir a meta de 4%, disse Zhao.
Os investimentos fiscais na educação cresceram 66% durante o período do plano quinquenal de desenvolvimento do país, que vai de 2006 a 2010, de acordo com o Ministério das Finanças.