O primeiro centro de reciclagem de computadores usados de Shanghai, concebido para ajudar os alunos carentes da China, está enfrentando a concorrência dos coletores individuais de lixo, que pagam em dinheiro pelos aparelhos usados.
Desde sua abertura em setembro do ano passado, o centro, localizado no distrito de Xuhui, recebeu 10 mil computadores de segunda mão, o que quer dizer que a instituição só consegue um de cada 70 computadores deste tipo.
O maior problema está no fato de que a maioria das pessoas preferem vender seus computadores usados aos coletores individuais, a um preço entre 50 yuans (US$ 7,3) e 100 yuans.
"Trata-se de uma pequena soma de dinheiro para eles, mas provoca um grande dano à sociedade e ao meio ambiente", indicou Zhang Binfeng, encarregado do centro, citado pelo jornal local Shanghai Daily hoje sexta-feira.
No entanto, o centro reformou 300 computadores reciclados, com softwares autorizados, nos últimos dez meses, todos eles qualificados de seguros e ecológicos pelas autoridades pertinentes.
A maioria desses computadores foi doada aos alunos das zonas empobrecidas no centro e no oeste do país. Outros serão vendidos a um preço entre 200 e 800 yuans às famílias rurais que não têm capacidade de comprar os equipamentos novos, segundo Zhang.
O centro, patrocinado pela Federação dos Chineses Retornados do Exterior de Shanghai, o Centro de Reciclagem de Resíduos Eletrônicos de Shanghai e a Associação de Computadores, recebe ajuda do governo e de empresas.
O distrito de Xuhui ofereceu escritórios gratuitos ao centro e mais de 1.200 companhias da Zona de Desenvolvimento de Caohejing do distrito assinaram acordos para doar computadores usados. Fim