Dezenas de milhares de chineses se juntaram a um animado debate sobre se os estudantes devem continuar sendo separados em classes de estudos científicos e artes liberais na segunda fase da escola secundária, uma prática que lhes permite maior competitividade no exame de entrada à universidade, ao lhes dar a oportunidade de escolher suas disciplinas preferidas.
O Ministério da Educação começou no dia 6 de fevereiro a pedir a opinião da população sobre se é necessário ou viável eliminar o sistema de classificação, adotado diversas décadas atrás.
Em uma pesquisa realizada pelo site www.qq.com, na qual mais de 260 mil pessoas tinham votado, 54% disse apoiar a eliminação, enquanto que 40% se manifestou contra.
Um internauta anônimo disse ser um professor de matemática de uma escola secundária e considerou que os jovens deveriam estudar tanto as artes como as ciências, com o fim de obter um desenvolvimento mais completo e ser mais flexíveis na hora de usar seus conhecimentos.
No entanto, alguns não compartilham da mesma opinião, alegando, por exemplo, que se os alunos devessem estudar mais matérias, receberiam quantidades ainda maiores de deveres de casa.
Li Yanling, especialista em educação em Beijing, analisou que a divisão em classes de artes e de ciências tem feito com que alguns alunos e professores escolham áreas muito limitadas para atingir o êxito. Além disso, disse que dá a idéia de que o objetivo da educação não é aprender, mas passar nos exames.
Não obstante, ela pediu às autoridades de educação que levem em consideração, na hora de promover a reforma, a já pesada carga acadêmica dos estudantes.