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Organizado pela Embaixada do Brasil na China, o Festival de Gastronomia Brasileira, que chega a sua quarta edição neste ano, aconteceu simultaneamente em dois restaurantes do Renaissance Beijing Capital Hotel. Em um restaurante de buffet, o BLD, uma cozinha mais tradicional será oferecida. Já no restaurante Fratelli, ingredientes tradicionais serão trabalhados de maneira mais delicada em um cardápio para degustação. Através do evento, os moradores da capital chinesa tiveram uma oportunidade de desbravar os sabores da culinária brasileira através da gastronomia contemporânea.

A cerimônia de abertura, ocorrida em 21 de maio, contou com um palco onde se revezavam músicos brasileiros e um grupo de capoeira. Enquanto isso, os convidados saboreavam comidas e bebidas típicas do país sul-americano, como a feijoada, o churrasco e diversos doces, tudo regado a vinhos do país e pela famosa caipirinha.

Mas é no decorrer do festival que o público podia conhecer uma parte da complexa gama de elementos da cozinha brasileira em pratos criativamente elaborados pelo chef convidado Erik Nako, que veio diretamente do Rio de Janeiro para conduzir a cozinha do festival deste ano.

Formado em comunicação, foi só depois de seus vinte anos de idade que Erik passou a se aventurar no mundo da gastronomia. Primeiro através de cursos específicos no Brasil, depois com cursos intensivos e estágios nos países europeus, como a França e a Espanha, e por fim abrindo negócios próprios na cidade do Rio de Janeiro, sua terra natal, entre eles um curso de cozinha criativa e um restaurante especializado em bruschettas italianas.

Para o festival gastronômico, Erik Nako preparou pratos com ingredientes de todos os cantos do Brasil. Como um país de dimensões continentais como a China, ele diz que algumas receitas possuem ingredientes que muitos brasileiros talvez nem conheçam. "O Brasil é tão grande que a culinária tradicional brasileira não é a mesma para todos os brasileiros", afirma o chef.

Quanto à culinária chinesa, ele conta que já teve a oportunidade de ir além dos tradicionais pratos chineses, como por exemplo ir a um restaurante que serve receitas com miúdos, por sinal uma de suas especializações feitas na França, e diz que quer experimentar ainda mais, além do famoso pato laqueado de Beijing.

No entanto, o que o chef se diz ainda mais impressionado é com a cultura gastronômica chinesa, a relação do chinês com sua culinária e de como as refeições servem a um evento de socialização. Segundo ele, isso é a gastronomia na essência, a questão de dividir, de sentar junto e compartilhar. Mais do que as receitas em si, ele acha isso muito impressionante do povo chinês.

Nesta edição do gastronomia, vamos ter um bate-papo com Eric Nako. Na entrevista, o chef vai compartilhar conosco sobre as informações interessantes relacionadas ao festival e às suas experiências profissionais. Fique ligado!