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As casas-pátios (siheyuan) são as moradias mais representativas de Beijing. Surgidas na dinastia Yuan (1271-1368), quando a cidade foi elevada à condição de capital, elas são onipresentes na capital, com suas vigas esculpidas, pilares pintados e pátios tranquilos que dão um toque de sutil elegância à cidade.
O layout padrão de uma siheyuan é o de um pátio de formato quadrangular, com edificações em volta – o quarto principal ao norte, as alas leste e oeste e o quarto dos fundos. Antigamente eram conhecidas como "casas de quatro lados", referência ao pátio delimitado pelas construções em seus quatro lados. A edificação ao norte, voltada para o sul, é considerada o quarto principal.
As que ficam ao lado dessa edificação principal, voltadas para leste e oeste, são os quartos-ala. A edificação de face norte é chamada de quarto dos fundos. Todas são interligadas por passagens lindamente decoradas. Em geral, uma parede vazada para dentro do portão preserva a privacidade, mas segundo a superstição também serve para proteger a casa dos maus espíritos.
O pátio espaçoso é um lugar ideal para plantar romãzeiras, jujubas, caquizeiros e a florida macieira silvestre chinesa, árvores de florescências perfumadas, que trazem uma bem-vinda sombra no verão e dão suculentos frutos no outono.
A junção de várias casas-pátio formam os hutongs, uma espécie de viela cujo agrupamento, por sua vez, chega a formar bairros. Caminhar por eles é a maneira ideal de explorar a cultura, o modo de vida e as tradições dos pequineses. A cidade tem agora mais de sete mil sinuosos hutongs, que testemunham a cultura antiga da cidade e suas mudanças históricas.