Yuan Mei que viveu na época de 1716—1797, é um poeta, estudioso e gastrônomo da dinastia Qing. Segundo ele, o prazer gastronômico não estava ligado às matérias-primas, mas ao talento do cozinheiro e este só se revela quando transcende as qualidades desses alimentos. Por outro lado, o gosto e as preferências alimentares da idade adulta são fruto da educação sensorial que começa na infância.
Em 1792, Yuan Mei escreveu um livro sobre culinária chinesa, no qual documentou o que os chineses consederavam os catorze aspectos da alimentação sadia e reuniu 326 receitas regionais típicas, além das técnicas da cozinha.
No tocante à estética dos pratos da cozinha imperial, Yuan Mei afirmou que os atrativos principais residem em imitar os animais, as frutas e as flores, veiculando mensagens de felicidade, fecundidade e longevidade. Esse foi a primeira obra na história chinesa a apresentar a cultura gastronômica do país.
Já na antiguidade, o ritual para beber a infusão consistia em uma cerimônia complexa. E hoje em dia, quando falamos sobre o chá, não podemos esquecer uma figura importante na história da bebida. Ele chama-se Lu Yu, que é considerado o "santo do chá", devido a suas relevantes contribuições à cultura do país.
Lu Yu é bem conhecido como o escritor da obra "Cha Jing", o Livro Clássico do Chá. É também a primeira literatura sobre como cultivar, produzir e beber chá. Nascido em 733, durante a Dinastia Tang, Lu Yu foi um órfão adotado por um monge no que seria a atual província de Hubei. Naquele tempo, beber chá já era uma tradição nacional bem estabelecida.
No livro "Cha Jing", Lu Yu procurou apresentar detalhadas informações sobre a cultura chinesa do chá. A obra foi dividida em três seções: a primeira tem três capítulos e discute sobre a erva e a sua produção. A segunda, com apenas um capítulo, apresenta os utensílios necessários para a produção. A última parte está dividida em seis capítulos e apresenta conteúdos sobre a cerimônia do chá e registros históricos antigos.