No sopé do Monte Huishan, perto da cidade de Wuxi, na província de Jiangsu, sudeste da China, há um conjunto arquitetônico de mais de 1.200 anos. As principais construções da vila antiga de Huishan são os templos ancestrais de diferentes aparências e escalas que, ao lado de pavilhões, palcos, cais e pontes, formam uma paisagem muito peculiar. Hoje, vamos viajar até lá e, entre outras coisas, apreciar a bela decoração dos telhados desses monumentos históricos.
Ao entrar na vila Huishan, a gente se sente personagem de uma pintura. Todas as casas foram construídas à beira d'água e todas as famílias têm salgueiros em seus pátios. O Rio Longtou divide o lugarejo em duas partes. Às duas margens estão templos ancestrais e outras antigas construções. Quando passar por elas, erga um pouco mais a cabeça e descubra seus maravilhosos telhados.
A reportagem da CRI encontrou um estudante universitário que fazia registros fotográficos do lugar. Ele se disse impressionado com a decoração dos telhados.
"Essas esculturas no telhado são muito sofisticadas. Os desenhos são aprimorados e representam a beleza da arte tradicional chinesa."
Song Qixin, especialista na preservação das construções antigas da vila Huishan, contou à reportagem que as esculturas no telhado tinham uma função prática.
"Inicialmente, as decorações no telhado das construções antigas tinham o papel de fixar a última fileira horizontal de telhas."
A maioria das construções antigas chinesas tem estrutura de madeira, cuja parte superior em forma de trapézio é coberta por telhas. Os beirais suportam a força das telhas posicionadas na sua respectiva fileira vertical, por isso podem ser facilmente levados pelo vento. Os responsáveis pelas construções, então, passaram uma usar técnica especial para consolidar os beirais. Posteriormente, a técnica foi "sofisticada" e o tal contentor, embelezado e esculpido de belos desenhos, superando sua função original e assumindo um papel decorativo. O Sr. Song falou:
"Os desenhos das esculturas dos telhados tinham de observar regras rigorosas. Por exemplo, o dragão era de uso exclusivo das residências imperiais. O Qilin, animal da fábula chinesa, podia ser usado nas casas de ministros de primeira categoria. O veado, nos de segunda, terceira e quarta categoria. Nas casas dos civis eram esculpidos, normalmente, grous, peixes, patos mandarim, etc."