Localizado na área C do Pavilhão Conjunto da África, o tema do Pavilhão de Cabo Verde nesta exposição é "Global and Small". O comissário-geral do Pavilhão de Cabo Verde, João Vieira, disse que com a participação na exposição mundial, o país visa mostrar a sabedoria no processo de globalização e discutir com outros países o modelo de desenvolvimento futuro.
João Vieira apresenta a posição geográfica especial de Cabo Verde e o papel desempenhado na interligação das nações de diferentes continentes. Ele disse:
"Somos um pais oceânico, um país arquipelágico. Estamos no meio do Oceano Atlântico. É um país com uma história interessante de contato com outros povos; um país que há 500 anos não existia como nação; é um país que se construiu no cruzamento de culturas, particularmente, das culturas europeia e africana. Fica há apenas 5 horas da América, 4 horas da Europa, 2 horas da África e 3 horas do Brasil. Portanto, nos encontramos em uma posição geográfica muito interessante."
Tendo uma área de 4.033 mil quilômetros quadrados, Cabo Verde é considerado razoavelmente pequeno, mas é também um país globalizado. O comissário-geral do Pavilhão explicou:
"O tema do Pavilhão de Cabo Verde é Global and Small. Precisamente, somos um país de pequena escala. As cidades pequenas com relações globais nem aparecem no mapa, mas possuem gente espalhada por todo o mundo. Para nós, os estrangeiros são bem-vindos. Nós os receberemos de braços abertos porque trazem novidades que a ilha não tem. Por outro lado, Cabo Verde é uma plataforma de integração das relações norte-sul."
Segundo João Vieira, Cabo Verde mantém boas relações com todos os países. Ele não apenas serve de mediador em conflitos como também promove as relações econômicas e comerciais. Ele salientou que o país africano tem mantido intercâmbios estreitos com a China, especialmente com as Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau. Ele espera que a Expo Mundial de Shanghai permita que mais chineses conheçam Cabo Verde, seja para viajar como para investir no país.
No final da entrevista, João Vieira rendeu alto apreço à organização sediadora da Expo 2010. Ele disse:
"Na minha opinião, a organização tem ido bem. Não é fácil organizar um evento desta dimensão com culturas e sensibilidades diferentes. Encontramos alguns problemas sem dúvida, mas acho que tem funcionado bem. Tenho procurado saber sobre tudo, aprender todos os dias, procurando solucionar questões e problemas que vêm surgindo, particularmente, o apoio que a China dá aos países em desenvolvimento foi extraordinário, sem igual, não seria possível. E claro, nós temos que contribuir em parte do sucesso desta exposição."