Desde os anos 20 do século passado, um número cada dia mais crescente de chineses visita antigas vilas no Sul da província do Anhui. O motivo é simples, todos querem conhecer antigas aldeias da região.
Porém, do século16 a século 20, quando a China encontrava-se nas últimas duas dinastias Ming e Qing, passavam nas antigas rotas de Huizhou mais comerciantes, letrados e funcionários da corte. Eles saíram da terra natal já aos 12 ou 13 anos, a fim de conquistarem um melhor futuro. Mesmo sob difíceis circunstancias, eles conquistaram bons resultados. A partir dos meados do século 19 (1368-1644), os comerciantes de Huizhou foram mais destacados no Sul da China.
Com riquezas obtidas em outras terras, eles voltaram à terra natal e construíram suas residências por entre montanhas e rios, formando assim muitas aldeias, das quais, as antigas aldeias Xidi e Hongcun da cidade de Huizhou são as mais representativas.
Na China antiga, famílias do mesmo sobrenome construíam suas casas próximas, formando aldeias. A aldeia Xidi é da linhagem descendente do sobrenome Hu. Segundo registros, a aldeia foi criada há mais de 900 anos, com a chegada de seus primeiros ancestrais. Dois rios atravessam a aldeia, as casas estão interligadas, com paredes brancas e telhados negros. Os muros mais altos que a casa são destinados a proteger e separar as casas no caso de incêndio, além de prevenir assaltos e proteger dos fortes ventos. Os muros também são chamados como muros de cabeça de cavalo, por ser mais altos.
Pavimentos de placas de pedra cinzentas não são largos. Aos dois lados, as janelas das residências são pequenas, pois, os ricos não queriam revelar suas riquezas, segundo se disse. Mais ou menos semelhantes, apenas da fisionomia externa das residências, não se percebe qual é mais rica.
Quando abre a porta e entra no pátio, um pátio luminoso, com casas aos quatro lados. Dos cômodos dos quatro lados, águas escorrem para o pátio, significando a concentração de riquezas da família. A moradia do lado do fundo conta, em geral, com três quartos, o central serve como salão com decorações bem elegantes, os dois laterais como dormitórios. Tem ainda residências sobradinhos, pois, com grande número de familiares, eles viram-se obrigados a explorar mais espaços.
Entre as residências, algumas ainda têm pátios grandes com jardins, tanques e bonsais. O pavimento é feito de seixos coloridos em desenhos bem projetados, dando assim um toque poético a aquelas residências antigas. As três esculturas de Huizhou, esculturas de tijolos, de pedra e de madeira, são mais famosas. Independentemente de sua dimensão, se vêem tais esculturas em portas, janelas, pilares e vigas, até corrimãos. Sua qualidade artística e significado, em geral, combina com as atividades profissionais de seus donos. Em suma, com a acumulação de riqueza, as esculturas tornaram-se cada dia mais requintadas