A lista Fortune Global 500 está vendo a prosperidade rápida da China neste ano, disse a revista renomada em seu website.
As empresas chinesas encheram sem precedentes 115 lugares na lista de 2017 divulgada no início da semana passada, apenas 17 lugares a menos que os Estados Unidos, e marcando o 14º ano consecutivo em que a China aumentou sua presença na lista.
As companhias chinesas na lista são principalmente dos setores de internet, varejo, finanças, energia e imobiliárias.
A State Grid e o gigante petrolífera Sinopec Corp ficaram no segundo e terceiro lugar, com a receita atingindo US$ 315 bilhões e US$ 268, respectivamente, em 2016.
O gigante de telecomunicação Huawei subiu da 129ª posição no ano passado para 83ª neste ano, superando todos os colegas mundiais em seu setor.
O desempenho das companhias pode refletir bem as mudanças das condições econômicas. A expansão firme da economia chinesa em 2016 e no primeiro semestre deste ano contribuiu para a ascensão das grandes empresas, segundo Liu Qiao, diretor da Escola de Guanghua de Gestão da Universidade de Pequim.
A China informou crescimento do PIB de 6,9%, mais rápido que o esperado no primeiro semestre do ano, colocando o país no curso para confortavelmente completar seu objetivo de 2017 de cerca de 6,5%.
As companhias chinesas poderiam ter maior número em relação aos Estados Unidos na lista Fortune Global 500 dentro dos próximos três a cinco anos uma vez que a segunda maior economia do mundo continua a expandir, estimou Liu.
Um ponto brilhante é a ascensão das empresas privadas. Dez empresas chinesas estão na lista pela primeira vez, a maior parte das quais são privadas, incluindo gigantes dos serviços da internet Alibaba e Tencent.
Esses dois gigantes da internet, junto com JD.com, compartilharam seus postos das top 6 companhias de internet mundiais com seus homólogos dos Estados Unidos.
Isso indica que novos motores de crescimento são crescentes mais fortes na China, disse Bai Ming, vice-diretor do instituto de pesquisa do mercado internacional da Academia Chinesa de Cooperação Comercial e Econômica Internacional.
As fusões e reorganizações também ajudaram as empresas estatais chinesas a melhorar a competitividade mundial através da otimização da alocação de recursos industriais, sublinhou Bai.
Um total de 48 empresa estatais centrais ficaram na lista, incluindo companhias reorganizadas China Baowu Steel Group Corporation e CRRC Corporation.
A China Minmetals Corporation subiu do 323º lugar no ano passado para 120º neste ano depois de implementar reorganização estratégica com Metallurgical Corporation of China em 2015.
A China tem incentivado fusões e reorganizações entre o setor de estado e planeja reduzir o número de empresas estatais centrais para inferior às 100 como parte das atuais reformas para melhorar a eficiência das companhias.
Porém, as companhias chinesas ainda têm muito espaço para melhorar em termos de capacidades de lucro.
O retorno médio sobre os ativos das 109 companhias chinesas listadas ficou em 1,65%, muito mais baixo ante seus homólogos norte-americanos, segundo Liu.
O mercado de trabalho da China, estrutura industrial, demandas de consumo e condições econômicas domésticas e estrangeiras passarão por mudanças profundas no futuro, disse Liu.
"Empreitada e inovação continuarão a mudar o setor corporativo da China e é hora para a China fomentar grandes companhias, que dá prioridade à criação de valor sobre a expansão da receita", acrescentou Liu.
por Xinhua