Atualmente com mais de 20 fábricas, três centros de pesquisa e desenvolvimento e mais de 10 mil empregados na China, a fabricante norte-americana de equipamentos há décadas testemunha a abertura da China e aproveita as oportunidades de crescimento que isso oferece.
"O mercado está ficando cada vez mais competitivo, o que a longo prazo terá um impacto positivo sobre todos os players do mercado", declarou em entrevista exclusiva à Xinhua o vice-presidente da Caterpillar e presidente de conselho da Caterpillar China, Chen Qihua.
Isso não é nenhuma surpresa, tendo em vista que a China vem fazendo constantes esforços para otimizar o ambiente de negócios para os investidores internacionais desde o fim da década de 1970, quando implementou a política de reforma e abertura.
No estágio inicial da abertura, a China deu aos investidores internacionais um tratamento VIP, com incentivos fiscais e outras políticas preferenciais inimagináveis para as companhias nacionais.
Esses privilégios diminuíram à medida que o governo foi dando ao mercado um maior papel na economia, mas eles estimularam o rápido crescimento do investimento estrangeiro direto (IED) na China.
O IED no país saltou de US$ 40,7 bilhões em 2000 para US$ 126 bilhões no ano passado, informou o Departamento Nacional de Estatísticas.
Em 2016, a China melhorou leis de investimento estrangeiro e anunciou medidas para simplificar os procedimentos para as empresas do exterior.
No relatório de trabalho do governo para este ano, a China se comprometeu a abrir ainda mais as portas e a melhorar o ambiente para os investidores que vêm de fora.
As companhias estrangeiras terão autorização para abrir capital e emitir bônus na China e para fazer parte dos projetos nacionais de ciência e tecnologia.
"A Caterpillar se beneficia do crescimento da China há mais de 40 anos", disse Chen. Neste ano, a companhia anunciou novos investimentos para expandir a fábrica de mini-escavadeiras em Shanghai.
A gigante de produtos químicos Dow tem uma experiência parecida.
"Fizemos alguns feitos em nossos negócios e operações na China, que são provas cabais de um ambiente de negócios na China em evolução e melhor", afirmou o presidente da Dow para a Grande China, Yoke Loon Lim.
Em 2016, a Dow investiu para construir mais duas unidades na China. No mês passado, começou a expansão da fábrica de poliol formulado.
Neste mês, o Ministério do Comércio chinês deu a aprovação regulatória condicional para a fusão da Dow com a DuPont, o que deixará a companhia "em melhor posição para se alinhar às necessidades da China na transformação econômica", afirmou Lim.
O relatório Doing Business, do Grupo do Banco Mundial, confirmou no ano passado ambiente melhor de negócios na China, que subiu de 84º para 78º lugar no ranking de 190 países sobre a facilidade de fazer negócios.
Apesar da óbvia melhora, o ranking mostrou que o ambiente de negócios da China ainda está longe de ser perfeito.
"O que procuramos é um campo justo para atuar, contínua abertura do mercado e inclusão", afirmou Chen.
A China continuará a se abrir cada vez mais e a trabalhar para ser um destino atrativo para o investimento estrangeiro, de acordo com o relatório de trabalho do governo.
O país prometeu tratar as companhias estrangeiras e nacionais no mesmo modo no que diz respeito a pedido de licenças, aplicação de padrões e licitações do governo, além de dar as mesmas políticas preferenciais sob a iniciativa Made in China 2025.
A Caterpillar procura ativamente participar dessa iniciativa e ajudar a transformar a China em uma potência manufatureira. Algumas fábricas da companhia se candidataram a projetos-piloto.
"Em uma perspectiva de longo prazo, a China é um mercado muito atrativo com um prospecto brilhante e um grande potencial, considerando o grande tamanho do mercado, o crescimento econômico estável e a iniciativa do governo para melhorar a qualidade do crescimento da economia", afirmou Chen.
Por Xinhua