Apesar da volatilidade nos mercados de ações e títulos, não há necessidade de pânico diante da redução da alavancagem financeira da China, disse nesta segunda-feira um jornal afiliado do banco central do país.

　 As medidas recentes para fortalecer a regulação financeira e reduzir moderadamente a alavancagem no setor não são uma espécie de "terapia de choque", nem "detonarão um campo minado", disse um editorial publicado no Financial News.

　 Ao contrário, esses esforços pretendem neutralizar os riscos acumulados nos últimos anos, resultantes da rápida inovação e reformas financeiras, tampar as brechas reguladoras e proteger a segurança financeira, segundo o editorial.

　 Disse que a redução da alavancagem é muito necessária atualmente, pois a desaceleração econômica da China pode levar à exposição dos escondidos riscos financeiros. Enquanto isso, os ajustes nas políticas monetárias e fiscais em algumas das principais economias podem gerar efeitos de propagação e criar choques para o sistema financeiro chinês.

　 As autoridades chinesas formularam uma série de medidas para aumentar o escrutínio de riscos nos setores de bancos, valores mobiliários e seguros nos últimos meses, visando ativos de cobrança duvidosa, bancos paralelos, arbitragem reguladora, entre outras irregularidades.

　 As preocupações sobre endurecimento na regulação afetaram o mercado financeiro, com o Índice Composto de Shanghai, de referência, caindo mais de 6% desde meados de abril.

　 Os produtos de gestão de ativos complicados com transparência baixa acrescentaram riscos financeiros e impediram o fluxo de fundos para a economia real, enquanto a regulação tem sido insuficiente há muito tempo, segundo o artigo.

　 Disse que os padrões reguladores devem ser unificados, taxas da alavancagem, mantidas sob controle, e fundos, guiados para servir à economia real.

Por Xinhua