Os dois machos e as duas fêmeas foram levados na segunda-feira para a reserva natural de Hewangmiao, que se localiza nas seções livres de tráfego do rio Yangtze, em Hubei, segundo fontes do Instituto da Hidrobiologia, da Academia Chinesa de Ciências.
A reserva tem uma área vasta de água, que é limpa e rica em biodiversidade devido às restrições de pesca.
Um projeto foi lançado em 2017 pelo Ministério da Agricultura, Academia Chinesa de Ciências e três governos provinciais para mudar de lugar neste ano 22 botos, que estão sob risco de extinção.
"Nosso plano é transferi-los para as áreas livres de atividades humanas, para que eles possam se procriar", disse Wang Ding, uma especialista de botos.
O botos-do-índico, espécie conhecida por parecer estar sorrindo, vivam no rio Yangtze e os dois lagos ligados à via fluvial movimentada.
Existem apenas cerca de mil botos, já que seu habitat natural é ameaçado pela poluição, sobrepesca e tráfego do rio.
A China começou um programa de transferência de botos em 1992 porque a população da espécie cai a uma taxa de 13,7% todos os anos apesar das medidas de preservação.
"No início, o plano era proteger o golfinho branco do rio Yangtze, mas eles estavam 'funcionalmente extintos' antes que agíssemos", disse Wang Kexiong, um pesquisador da Academia Chinesa de Ciências.
A China estabeleceu três reservas naturais para botos-do-índico nas províncias de Hubei, Hunan e Anhui.
"Tem sido uma medida efetiva. Há nascimentos de três a cinco todos os anos. A reserva de Tian'ezhou em Anhui já tem mais de 70 botos", disse Wang Ding.
Existem planos para construir mais reservas nos cursos médio e baixo do rio.
O Yangtze, via fluvial mais longa da China, é conhecido para seu biodiversidade. Uma década atrás, era o único rio no mundo que tinha dois tipos de mamíferos aquáticos vivendo nele ao mesmo tempo -- o boto-do-índico e o golfinho branco do rio Yangtze.
No entanto, uma pesquisa feita em 2006 não encontrou nenhum golfinho branco no rio, sugerindo que estavam "funcionalmente extintos", significando que a população é muito pequena para a reprodução da espécie.
Os cientistas preveem que sem proteção eficiente os botos-do-índico também desaparecerão em cinco a dez anos.
por Xinhua