O avião de passageiros produzido pela Corporação de Aviação Comercial da China (COMAC, na sigla em inglês), com sede em Shanghai, foi adquirido pela Chengdu Airlines.
A Xiangfeng (Fênix Voadora) é uma aeronave bimotor de 90 passageiros com uma autonomia padrão de 2.220 quilômetros. Espera-se que preste serviço em rotas de muito tráfego como Chengdu-Beijing e Chengdu-Shanghai.
A COMAC recebeu mais de 300 pedidos de 19 empresas aéreas, incluindo três da República do Congo.
Este é o primeiro avião regional da China fabricado conforme os padrões internacionais. Desde seu voo inaugural em 2008, foram seis anos de testes rigorosos antes da concessão do certificado de aeronavegabilidade da Administração de Aviação Civil da China e da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos.
O aparelho também reflete sobre o estado de desenvolvimento do primeiro avião de grande envergadura de transporte de passageiros da China, o C919.
Por trás da experiência adquirida com o desenvolvimento do ARJ21, a COMAC foi capaz de completar o projeto, o cálculo e os testes para produzir o primeiro C919 em sete anos. O avião foi apresentado no início deste mês e deve competir com o Airbus 320 e o Boeing 737.
"Os programas (de aviação) mostram que a indústria de aviação da China está tomando forma para competir com seus rivais ocidentais", disse Luo Ronghuai, comandante líder do projeto de desenvolvimento do ARJ21.
A China é o maior mercado mundial de aviação civil, com seus 21 maiores aeroportos registrando um crescimento anual superior a 10 milhões de passageiro e uma frota de mais de 3 mil aviões, frota esta dominada por Boeing e Airbus. O ARJ21 é o primeiro avião fabricado na China a unir-se à frota.
A Chengdu Airlines pediu mais cinco ARJ21, cuja entrega está prevista para antes do final de 2016. Em um prazo de cinco a seis anos, a empresa aérea espera ter uma frota de 30 ARJ21.
He Peiwen, subgerente da Chengdu Airlines, disse que o primeiro aparelho estará em operação em três meses por sete rotas nacionais, e mais tardes em rotas para países do Sudeste Asiático.
Por Xinhua