A capacidade chinesa em exploração espacial ocupa a quarta posição no mundo, enquanto a distância entre as principais potências neste terreno se vem diminuindo, segundo um relatório recém-publicado por uma entidade de pesquisa nacional.
A China se encontra em uma etapa crucial de desenvolvimento, ao passar de grande potência a forte potência no setor espacial, segundo uma avaliação realizada pelo Instituto de Informação de Ciência Espacial de Beijing, subordinado à Academia Chinesa de Tecnologia Aeroespacial.
No ano passado foi realizado um número recorde de 92 lançamentos em todo o mundo, e ficaram em órbita 262 veículos espaciais. O mencionado instituto avaliou pela primeira vez as capacidades aeroespaciais de 20 países e regiões em seis aspectos: estratégia, sistemas de produção, infraestrutura, escala industrial, inovação e influência internacional.
O estudo classificou Estados Unidos, União Europeia (UE), Rússia, China, Japão e Índia como as principais potências do mundo nesta área.
O status dos Estados Unidos como única superpotência espacial se mantém inabalável. No entanto, a distância entre o país norte-americano e seus seguidores vem diminuindo, assinalou o relatório.
A UE e a Rússia ocuparam os seguintes dois postos na lista. Com suas vantagens tecnológicas e sua aliança com os Estados Unidos, a UE deu um grande salto em sua capacidade aeroespacial.
Enquanto isso, a Rússia pôde frear seu declínio e mostrar sinais de recuperação graças a seu planejamento de médio e longo prazos e à reforma de sua indústria espacial, segundo o documento.
A China, o Japão e a Índia são qualificados como "potências importantes". A China, em sua busca de um caminho de desenvolvimento independente, pôde conseguir lucros notáveis em tecnologia espacial, mostrando um forte ímpeto e um grande potencial.
Por sua parte, o Japão, impulsionado pela inovação tecnológica, uma cooperação internacional ativa e sua aliança com os Estados Unidos, também se desenvolveu rapidamente.
A Índia se tornou o primeiro país asiático a lançar uma sonda a Marte em 2014, conseguindo um importante avanço em sua capacidade aeroespacial, indicou o estudo.
O documento também mencionou as economias emergentes neste âmbito, representadas pelo Canadá e República da Coreia, que acompanham de perto a China, o Japão e a Índia.
O espaço se tornou uma "fronteira celeste" em que os diversos países competem por obter vantagens em terrenos político, econômico, militar e científico-tecnológico, destacou o documento.
Impulsionados pelas necessidades de segurança nacional e interesses econômicos, cada vez mais países rivalizam para desdobrar seu potencial no espaço, concluiu o relatório.
Xinhua