Os chineses terão dificuldades para decidir entre proteger o ambiente e respeitar a tradição na preparação de fogos de artifício para a próxima Festa da Primavera, que cai em 19 de fevereiro este ano.

No entanto, um homem da Província de Henan, no centro da China, criou algo que pode permitir a comemoração sem danificar o meio ambiente.

Wang Xinming, empregado de uma companhia de petróleo, criou um tipo de peça de artifício não contaminada para que as pessoas protejam o meio ambiente e gozem a atmosfera festiva simultaneamente.

"Minha invenção não é motorizada por explosivos ou eletricidade", de acordo com o inventor de 29 anos.

Aprovada a patente em julho do ano passado, o petardo utiliza uma cavidade fechada em que o ar pode ser injetado. Os usuários só precisam apertar um botão e a cavidade fechada abrirá imediatamente um buraco pequeno onde ar comprimido vai descarregar e produzir um som explosivo.

São mais bonitos que os artifícios normais. Se os consumidores quiserem, a peça pode emitir vapor de água e aromas, segundo Wang.

Tradicionalmente, os chineses acendem traques e fogos de artifício durante a Festa da Primavera, o Ano-Novo Lunar Chinês, baseando na superstição que o barulho expulsará os espíritos maus e a má sorte. Entretanto, a tradição foi acusada de emitir poeira, dióxido de enxofre e smog persistente nos últimos anos.

"Minha invenção é segura e respeitosa ao meio ambiente", indicou Wang. Embora o equipamento não seja fabricado em massa, o inventor vê um grande potencial no mercado.

A nova peça é principalmente produzida com plástico. Com custo de fabricação de mais ou menos 150 yuans (cerca de US$ 25) por unidade, o preço de venda será mais alto. Mas pode ser reutilizado, acrescentou.

"Algumas formas de celebração das festas darão impacto drástico a nosso ambiente. Se a invenção de Wang puder ser produzida em grandes quantidades, será uma outra maneira de combater a poluição", disse Chen Ying, pesquisador do Instituto de Estudos Urbanos e Ambientais da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Por Xinhua