Os três "moradores lunares" beberam água purificada reciclada, comeram larvas e outros alimentos que eles mesmos cultivaram, realizaram experimentos e conversaram com suas famílias pela internet na capsúla fechada de 3 de fevereiro a 20 de maio.
O nome completo do projeto é Instalação Experimental Integrativa "Palácio Lunar 1" para a Pesquisa sobre Ecossistema Fechado Artificial em Suporte à Vida para Astrobase Permanente, ou simplesmente Palácio Lunar 1, residência simulada na Lua.
O palácio é integrado por uma cabine de vegetação de 58 metros quadrados e outra de vida de 42 metros quadrados com três quartos, uma sala de jantar, um banheiro e um cômodo para descarte de lixo.
Os cientistas escolheram alimentos que pudessem fornecer nutrientes suficientes para os três voluntários nascidos na década de 1980: cinco cereais (entre eles trigo, soja e amendoim), 15 legumes (cenoura, pepino, espinafre d'água e outros) e uma fruta, o morango.
O trigo não só é a principal fonte de energia, mas também produtor de oxigênio na cápsula, possibilitando que o ar foi regenerado três vezes durante os 105 dias.
Cinquenta e cinco por cento dos alimentos para as três pessoas foram criados dentro do biossistema, enquanto o restante, principalmente carne, foi produzido fora.
Os habitantes na cápsula também criaram e comeram larvas de besouro, sua principal fonte de proteína.
O Palácio Lunar 1 é diferente da Bioesfera 2, uma instalação de pesquisa científica sobre sistemas da Terra, nos Estados Unidos, disse Liu Hong, projetista-chefe e cientista principal, também um professor da Universidade Beihang.
"A Bioesfera 2 é uma duplicação do ambiente de vida na Terra, que é um fracasso que nós não gostaríamos repetir", disse Liu.
"Muitos especialistas estrangeiros consideram que construir uma base espacial não é possível no futuro próximo, por isso eles não destinaram muitos recursos para a pesquisa nessa área", explicou a cientista.
No entanto, o Palácio Lunar 1 não simula perfeitamente o ambiente lunar, já que os fatores como baixa gravidade e alta radiação não estão presentes na cápsula.
"O sistema só estará maduro quando puder se sustentar por um longo tempo, e daí poderemos usá-lo no espaço exterior", disse.
por Xinhua