A crise de dívida da Europa continua e a Conferência da Apec foi recentemente encerrada. Diante do atual cenário, o tema principal dos líderes de todos os países é como impulsionar a economia global e procurar as soluções para a crise. Na Reunião Anual de 2011 do Fórum Financeiro Internacional, realizada em Beijing, cerca de 100 líderes do mundo e personalidades acadêmicas, comerciais e de mídia discutiram e trocaram experiências sobre a construção da nova estrutura financeira global e a elaboração de novos regulamentos.
Na reunião, uma série de questões colocadas pelo vice-presidente executivo do fórum, Dai Xianglong, fez os participantes pensarem.
"Durante a crise da Tailândia e de outras novas economias, em 1997, eu pensava que 20 ou 30 bilhões de dólares poderiam resolver o problema. Mas isso não funcionou e levou à crise do Sudeste da Ásia. Em 2008, surgiu a grave crise nos EUA. Desta vez, o volume econômico total da Grécia só ocupa 2% da União Europeia (UE). As reservas cambiais globais são de mais de 8 trilhões de dólares e temos o estável Fundo Monetário Internacional, pois se pensava que cooperações regionais poderiam resolver a crise. No entanto, porque não podemos controlá-la?"
Dai Xianglong apelou para que todo mundo analise com seriedade a origem e a tendência da crise de dívida da Europa, especialmente da Grécia. Diante da dura realidade, a China também deve considerar a possibilidade de acelerar a velocidade do crescimento econômico do país. Ele espera que os participantes do fórum dêem conselhos e sugestões para as reformas dos sistemas financeiro, monetário e de supervisão global.
O presidente do fórum, Cheng Siwei, mensionou que o organismo está na China há oito anos e já se transformou em um encontro de influência internacional. Neste momento, a economia global está se recuperando lentamente e a ordem financeira necessita de reorganização. O Fórum Financeiro Internacional oferece uma plataforma de intercâmbio aos principais personagens políticos e financeiros, e contribui para a recuperação da economia global.
"Durante o Fórum do G20 em Cannes, os líderes chegaram a acordos em muitas áreas. Atualmente, o mundo está enfrentando novas mudanças. É extremamente necessário reconstruir o quadro financeiro global e elaborar novos regulamentos. Isso precisa do nosso diálogo e pensamento."
O fórum ocorreu num momento importante, durante a crise financeira global. O secretário-geral da ONU aplaudiu o evento e compartilhou suas opiniões com os participantes através de um discurso gravado:
"Faço 4 sugestões. Primeiro, precisamos consolidar as cooperações e evitar divergências sobre a questão da crise de dívida da Europa. Segundo, temos de concretizar os convênios feito pelo Fórum do G20 e as sugestões propostas pela ONU, além de proteger os interesses da economias envolvidas. Terceiro, devemos prestar mais atenção às exigências dos países em desenvolvimento, e reelaborar as leis, ordem e supervisão do sistema financeiro internacional. Quarto, os institutos regionais de pesquisa precisam trocar mais informações para estabelecer um novo quadro financeiro global."
Nos fóruns seguintes, os representantes dos departamentos governamentais, escolas e institutos financeiros internacionais discutiram profundamente sobre os problemas econômicos atuais da China, se esforçando para avançar na reforma da supervisão do mercado global.
Quando falava sobre as atuais políticas monetárias chinesas, o diretor do Centro de Pesquisa Econômica da China e do Mundo da Universidade Tsinghua, Li Daokui, afirmou que:
"Atualmente, as políticas monetárias mais prudentes estão tendo um papel importante para a promoção dos reajustes da estrutura econômica da China. Devemos persistir nos princípios principais. Muitos especialistas no fórum pediram que a China relaxe suas políticas e disseram que nosso país tem que assumir a responsabilidade. A nossa resposta é que: sim, a China deve relaxar, mas a longo prazo. Vamos garantir um crescimento econômico estável em vez de nos limitarmos aos êxitos de curto prazo. Se relaxarmos no curto prazo, as consequências seriam maléficas não apenas à economia da China mas também do mundo."
Com o tema de "novo quadro financeiro global: reforma e influência", o fórum discutiu o futuro do desenvolvimento da economia mundial e as maneiras possíveis para se realizar a reforma financeira global.