Quando se fala sobre a indústria de materiais de construção, a maioria das pessoas pensa em alto consumo de energia e grande emissão de poluentes. No entanto, com o esforço do governo nos últimos anos, esta consequência do crescimento econômico está cada vez menos presente na China. A Corporação do Grupo Nacional de Materiais de Construção da China (CNBM), promoveu uma inovação tecnológica, eliminou os métodos de produção mais atrasados, procurando um caminho para o desenvolvimento sustentável.
A Companhia Limitada de Zhongguangdian da cidade de Chengdu, subordinada à CNBM, era uma fabricante de vidro comum. Porém, com a inovação tecnológica, a empresa montou a primeira linha de fabricação de módulo de cristal líquido de 0,5mm de espessura, que também é avançado no mundo. Zhang Chong, vice-chefe da companhia, disse:
"queremos fazer deste projeto um exemplo para outras indústrias tradicionais, que devem utilizar a ciência para se tornarem fábricas de alta tecnologia. O nosso projeto, o módulo de LCD de 0,5mm, é a única linha produtiva deste material na China, e tem grande significado para o país. Possuímos a completa propriedade intelectual e quebramos o monopólio dos outros países."
Atualmente "baixo carbono" é a palavra chave do desenvolvimento econômico chinês. Segundo estatísticas, o consumo energético na construção corresponde a 40% do consumo total de energia na China. O Grupo Beixin, também subordinado à CNBM, procurou uma nova maneira trabalhar com construção civil poupando energia. Wu Xiaohua, vice-diretor da filial do Grupo Beixin em Chengdu, capital da província de Sichuan, ressaltou que o projeto de construção na vila de Jardim, que é "modelo nacional de novas construções", utiliza várias técnicas para economizar energia:
"a estrutura das casas na vila de Jardim é de aço leve, muito usado nos países desenvolvidos. A construção é pré-fabricada por pedaços que são montados no local da obra. A parede tem duas camadas para preservar a temperatura interna, e o vidro também é de duas camadas."
Comparando com casas de tijolo e concreto, as construções desta empresa podem economizar de 60% a 90% de energia. Além disso, 90% dos materiais podem ser reciclados após o prazo de vida útil da casa. A nova maneira da empresa é considerada uma revolução da indústria construtiva, transformando o conceito de "construir casa" em "fabricar casa".
O 12º Plano Quinquenal do governo chinês, que é a orientação política do desenvolvimento socioeconômico nos próximos cinco anos, tomou a construção de uma sociedade amistosa ao ambiente e com baixo consumo energético como estratégia nacional. O Grupo de Jushi, também subordinado à CNBM e líder no setor de produção de fibra de vidro no mundo, tentou realizar a "economia reciclada". A companhia começou a reutilizar os resíduos da fabricação de fibra de vidro para fabricar outros produtos. O calor que resta na caldeira agora produz vapor, que oferece água depois de refrigerado. O presidente do grupo, Zhang Yuqiang, afirmou:
"cada vez que ampliamos a dimensão de produção, pensamos em economizar mais energia. Usamos gás natural como combustível em 2005 e 2006. Depois adicionamos oxigênio puro, que reduz pela metade a energia consumida. Atualmente todos os materiais sólidos usados no processo de produção podem ser reciclados. Emitimos zero água poluente. O gás que lançamos ao ar é até mais limpo do que o nível mais alto do padrão nacional. Enfim, o que estamos fazendo é a economia reciclável."
Antigamente o tratamento de resíduos industriais era considerado um peso para as empresas. No entanto, atualmente, muitas fábricas tomam a iniciativa de economizar energia e reduzir a emissão de poluentes, elevando assim a eficiência produtiva e diminuindo significativamente os custos.
Estas são as empresas do Grupo da CNBM, que é apenas um simples exemplo na China. Nos últimos anos, muitas companhias produtivas no país prestam mais atenção à inovação tecnológica e eliminam os métodos atrasados, promovem a economia de energia e a redução de emissões, elevam a eficiência do uso de energia, a fim de reajustar realmente o modelo do desenvolvimento.
(Por Leonel Dong)