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Terremoto no Japão prejudica indústrias chinesas
  2011-04-02 15:55:31  cri

O epicentro do forte terremoto que atingiu o Japão no dia 11 neste mês foi próximo de Miyagi e Iwate. Essas regiões abrigam os principais fabricantes de semicondutores do país. Após o desastre, várias marcas famosas de produtos eletrônicos como Sony, Toshiba e Panasonic fecharam suas indústrias na região. Uma vez que falte componentes no mercado, os fabricantes devem atrasar a entrega dos produtos eletrônicos, dificultando os negócios. Segundo especialistas, o fornecimento de chips de memória e componentes de apoio para painéis de LCD devem sofrer uma carência temporária, o que prejudicará a estrutura da indústria eletrônica global. Outros setores, como os fabricantes de autopeças, que também se concentram na zona da calamidade serão afetados.

O comerciante japonês, Yamano Tetsuaki, está muito preocupado com a situação:

"O Nordeste do Japão é a região que concentra as indústrias eletrônicas e automotivas do país. Agora, especialmente as indústrias de acessórios eletrônicos e de autopeças foram prejudicadas em certo grau."

E os prejuízos chegaram à China. Já se percebe uma alta nos preços das câmaras fotográficas digitais de última geração em Zhong Guancun, o maior mercado de produtos eletrônicos de Beijing. Em entrevista à CRI, o vendedor Xiao Jun explicou a situação:

"Como alguns fornecedores japoneses de câmaras digitais foram gravemente prejudicados, a cadeia de abastecimento foi interrompida. As câmaras mais atingidas são as DSLRs. Depois de saber do terremoto, começamos a importar produtos do Japão sem parar. Mas o estoque atual só é suficiente para uma semana."

E a preocupação tem fundamento. Após o desastre, Nikon, Cânon e outros fabricantes de câmaras digitais divulgaram as perdas. Devido aos estragos em equipamentos e edifícios, algumas fábricas de Nikon e Cânon suspenderam as atividades.

O Japão é o principal fornecedor de acessórios eletrônicos do mundo. Além das câmaras fotográficas, a China importa do país vizinho matéria-prima para a confecção de acessórios de celulares, televisores de LCD e computadores. Por conta dos inúmeros problemas enfrentados pelo Japão, como a falta de eletricidade, o fornecimento de materiais para a China será afetado a curto prazo. Os fabricantes chineses serão forçados a procurar alternativas ou diminuir a produção.

Shenzhen é um dos locais que concentra a fabricação de produtos eletrônicos. O secretário-geral da Associação para a Promoção de Intercâmbio Econômico e Cultural da China em Shenzhen, Huang Xu, disse:

"Se as fábricas de TI, eletrologia e aparelhos eletrodomésticos da cidade importam os acessórios principalmente das fábricas no nordeste do Japão, elas serão prejudicadas. "

Conforme o economista-chefe para a região da China do Banco de Deutsche, Ma Jun, a indústria de automóveis do país também será afetada. Segundo a previsão, os estoques de acessórios japoneses para os automóveis conseguem aguentar poucas semanas de produção. Algumas empresas de capital misto correm o risco de suspender a fabricação. Esse problema, no entanto, pode beneficiar as vendas de marcas alemãs e sul-coreanas na China.

Outro setor que pode ser afetado é o de refino de petróleo. Após o desastre, o país paralisou 30% da produção, o equivalente a 5% de toda a produção da Ásia. A diminuição das importações do petróleo bruto do Japão deverá pressionar os preços.

Ma Jun apontou ainda que a indústria do aço será afetada. Mas nesse caso, as empresas chinesas podem se beneficiar. Como o Japão é o segundo maior exportador de aço no mundo, a diminuição temporária da produção e o aumento dos preços devem alavancar as vendas das companhias da China.

O ministro do Departamento do comércio da China, Yao Jian, destacou as medidas para minimizar as influências negativas:

"No momento, o estoque de produtos importados do Japão ainda consegue garantir a produção normal a curto prazo. As empresas japonesas na China vão procurar fornecedores alternativos para complementar a produção. Esperamos que a economia japonesa se recupere o mais rápido possível, a fim de normalizar a relação econômica bilateral. "

(por Niu Xuan)

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