O Ministério do Comércio da China declarou recentemente que o primeiro lote da cota de exportação de terras raras em 2011 é de 14,4 mil toneladas, quantidade 10% menor que a do ano passado. Segundo os responsáveis pela indústria de terras raras, esta mudança tem como objetivo proteger o meio ambiente.
"Terras raras" é o nome geral dado aos dezessete elementos da tabela periódica que servem como matérias-primas essenciais para a indústria de tecnologia avançada. São materiais básicos para a tecnologia da informação, biotecnologia, tecnologias energéticas e defesa nacional, ao mesmo tempo que são muito importantes para indústrias tradicionais como agricultura, indústria química e de materiais de construção. Por isso, as terras raras ganharam a fama de "vitamina industrial".
Até o momento, dentre as 100 milhões de toneladas de terras raras exploradas, as que provêm da China ocupam 36%. Mas por um longo tempo, a China tem fornecido mais de 90% no mercado global de terras raras.
A mineração e o refino de terras raras causam grandes danos ao meio ambiente. Para melhorar a situação nos últimos anos, a China tem padronizado a ordem exploratória de terras raras conforme as leis. Essa é uma necessidade de proteger o ambiente ecológico e recursos, de reduzir a poluição e os danos, além de ser uma alternativa para o uso efetivo de terras raras no longo prazo.
Para não afetar o fornecimento global de terras raras, a China tem se sacrificado no que se diz respeito ao meio ambiente. Nas regiões gravemente poluídas, a água potável dos moradores já apresenta problemas de excesso de flúor e muitos gados morreram por comer pastagens contaminadas.
O doutor da faculdade de Negócios Internacionais da Universidade de Sun Yat-sen, Lu Xiaodong disse:
"Os processos de fundição, purificação e separação trazem altos custos ambientais. Essa é uma das principais razões da restrição deste recurso em muitos países."
Em julho de 2010, um relatório sobre a cadeia de fornecimento global de terras raras feito por um analista norte-americano de política energética divulgou que em 2009, as reservas de terras raras da China eram de 36 milhões de toneladas, ocupando 36% das reservas no mundo. O volume de produção foi de 120 mil toneladas, ocupando 97% da produção global. Por outro lado, outros países com grandes reservas de terras raras quase não produziram."
Com o objetivo de proteger o meio ambiente, nos últimos anos o governo chinês tem tomado medidas restritivas necessárias.
Em 2010, a escala de mineração de terras raras aprovada pela China foi reduzida para 3/4 em relação a 2009, enquanto o volume de produção foi reduzido para 77%. O Ministério do Comércio declarou recentemente que o primeiro lote da cota de exportação de terras raras em 2011 é de 14,4 mil toneladas, 11,4% menor que a do ano passado. Além disso, a taxa de exportação aumentou entre 15% a 25%, e os minérios e 41 produtos de terras raras foram incluídos na lista de fabricação e negócios proibidos.
De acordo com o governo chinês, o controle de terras raras é um direito soberano da China, e também corresponde às estipulações da Organização Mundial do Comércio. A restrição de recursos naturais importantes é uma procedência comum em todos os países.
Em resposta às acusações e pressões, a ex-vice-inspetora do departamento de indústria de matérias-primas do Ministério da Indústria e Informatização, Wang Caifeng, dissse que os departamentos referentes à proteção do meio ambiente vão introduzir normas mais rigorosas na indústria de terras raras, e o Ministério de Terras e Recursos Naturais vai reorganizar a exploração das minas. Apesar da redução no volume de produção, as terras raras ainda poderão satisfazer as necessidades dos mercados interno e externo.
"A reorganização da cota de exportação de terras raras da China não restringirá as exportações, mas têm como objetivo recuperar os danos ambientais e normalizar as ordens de exploração de terras raras no interior. No momento, estamos num período de otimização e reorganização. Com as normas novas, as empresas que não corresponderem aos critérios deverão parar de produzir. Ainda que se reduza uma quantidade significativa de exportação, as terras raras ainda conseguirão satisfazer a necessidade dos mercados doméstico e internacional."
O porta-voz do Departamento de Comércio da China, Yao Jian, expressou que o estabelecimento da ordem econômica internacional precisa de cooperações globais. A China não vai encerrar a exportação de terras raras, mas espera que outros países explorem ativamente este recurso em seus territórios e assumam as responsabilidades do fornecimento global de terras raras. Além disso, a China está disposta a coordenar, com outros países, a exploração de recursos alternativos e melhorar a utilização do mesmo.
"As reservas de terras raras da China ocupam 30% no mundo, mas oferecem 90% da escala dos mercados e negócios. Esperamos que as cooperações internacionais acelerem o mais cedo possível para se desenvolver os recursos novos e os que já foram fechados."
(Por Niuxuan)