
Para o professor Zhang Liqing, da Universidade Central de Finanças e Economia, a flexibilização da política monetária aplicada nos últimos dois anos foi um "ato especial" em resposta à crise financeira internacional. Com a estabilização da economia, essa política deve ser oportunamente retirada.
Para combater a crise financeira, a China lançou em novembro de 2008 as chamadas "política fiscal ativa" e "política monetária relativamente flexível". A decisão favoreceu a retomada do crescimento da economia chinesa, tendência comprovada em dados divulgados recentemente. No entanto, a China está diante de uma forte pressão inflacionária. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) cresceu 4,4% em outubro, recorde dos últimos 25 meses. Nesse contexto, o país precisa dar mais atenção ao risco de aumento excessivamente rápido dos preços.
Na opinião de Li Daokui, diretor do Centro de Pesquisa das Economias da China e do Mundo da Universidade Tsinghua, a alteração da política visa manter a racionalidade da emissão de moedas e estabilizar os preços.
O alto funcionário do Ministério das Finanças da China, Jia Kang, entende que a China vai manter a política fiscal ativa. Para ele, o país precisa conter a inflação e, ao mesmo tempo, dar sequência ao crescimento econômico. Por isso, é necessária a adoção de uma política de aumento fiscal.
(Por Zhu Wenjun)