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Pequenas e médias empresas chinesas estão interessadas na África
  2010-09-14 10:41:08  cri

A Feira Internacional de Investimento e Comércio (CIFIT, sua sigla em inglês) foi realizada entre dias 8 e 11 deste mês em Xiamen, cidade do sul da China. O evento atraiu mais de 50 mil participantes provenientes de 100 países e regiões. O repórter da CRI, Zhou Yuan, foi cobrir o evento e descobriu que, com a melhora do ambiente de investimento, um número crescente de pequenas e médias empresas chinesas está interessado em entrar no mercado africano.

Co-Win, uma empresa privada com base em Shenzhen, no sul do país, atua principalmente na exportação de produtos têxteis para a África. O presidente Hui Honglin, fundou a empresa em 2001, junto com outros quatro amigos, com um investimento inicial de um milhão de yuans. Hui disse que encontrou muitas dificuldades no começo dos negócios.

"A falta de capitais foi uma das maiores dificuldades. Por outro lado, as políticas do país também não eram tão favoráveis às empresas pequenas", relembrou Hui.

Agora, a empresa de Hui já cresceu bastante. Além de exportar têxteis, fundou uma empresa de tecnologia de energias solares, com a intenção de vender os produtos aos países africanos. Ele disse que veio à Feira para conhecer mais funcionários e comerciantes de países africanos, além de obter informações sobre a viabilidade de investimento na África.

Os ricos recursos naturais e a positiva perspectiva do mercado da África chamam a atenção de muitas empresas chinesas. No entanto, eles não sabem como entrar em um mercado tão grande por causa da falta de conhecimento sobre o Continente. Zhao Houfa é o presidente de uma empresa dedicada às tecnologias biológicas em Anhui, no leste da China. Ele contou suas preocupações.

"Queria saber muito das políticas locais, ou seja, se existem políticas preferenciais para investimentos estrangeiros. Quero conhecer também meios de financiamento e o ambiente de investimento nos países africanos, e se existe ou não possibilidade de instalar fábricas lá", disse Zhao.

Na atualidade, mais de 1.600 empresas chinesas têm investimentos na África. Com exceção das 100 empresas estatais, o restante é de pequenas e médias, que atuam principalmente nos setores de restaurantes e varejo. Nos últimos anos, as empresas privadas chinesas começaram a se empenhar principalmente nos segmentos de infraestrutura, medicina e farmácia, telecomunicações, mineração e energias.

O presidente da Agência para Promoção de Investimentos do Burundi, Liberat Mfumukeko, disse que seu país está de braços abertos aos investimentos chineses.

"Damos atenção a todos os investimentos ao Burundi, sobretudo aqueles que vêm da China. O Burundi importa muito da China. Ficaremos muito contentes caso os produtores chineses levem seus investimentos ao nosso país", disse Liberat.

Noureddine Zekri, diretor responsável pelo investimento do Ministério do Desenvolvimento e Cooperação Internacional da Tunísia, revelou que seu departamento se esforçou muito para que as empresas chinesas tivessem acesso a informações sobre a Tunísia.

"Nosso site já tem versão em chinês. Todas as informações têm uma versão chinesa. É fácil para os investidores chineses acharem o que precisam", disse Zekri.

Em novembro de 2009, foi promovido no Egito o 3º Fórum de Cooperação Sino-Africana, no qual os participantes aprovaram um plano de ação. No documento, o governo chinês se comprometeu a ampliar, dentro de três anos, o fundo de desenvolvimento sino-africano para US$ 3 bilhões, em busca de apoiar os investimentos chineses no Continente africano, especialmente das médias e pequenas empresas.

A construção da zona de comércio livre Lekki, em Lagos, Capital da Nigéria, faz parte das metas definidas pelo Fórum de Cooperação Sino-Africana. A zona de Lekki já conta com a integração de dezenas empresas chinesas. O vice-presidente da empresa Lekki Investment, Zheng Jun, um dos investidores desta zona, disse que a iniciativa favorece o crescimento das empresas chinesas na África, além de promover o desenvolvimento do próprio continente.

"As empresas chinesas tem assim um ambiente de investimento seguro. As autoridades locais autorizam também políticas preferenciais, o que permite um alto retorno às empresas que decidem investir fora do país. A zona ajuda também no aumento do fornecimento de postos de trabalho aos africanos. É uma situação de benefício recíproco", avaliou Zheng.

(Por Zhu Wenjun)

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