O telefone celular, inventado na década de 1970, permite a comunicação em qualquer lugar e a qualquer horário. Hoje em dia, a demanda crescente dos consumidores pelo avanço de tecnologias de telecomunicações inclui o aumento da qualidade de sons e imagens, além da velocidade da transmissão de dados. Sob tal circunstância, a China está acelerando o desenvolvimento da nova geração de telecomunicações.
O segmento vem mantendo um crescimento rápido nos últimos anos neste país asiático. Em abril deste ano, o número de assinantes de linhas móveis chegou a 786 milhões, formando a base da demanda para a pesquisa das tecnologias da nova geração de telecomunicações. Segundo o assistente do secretário-geral da Associação de Internet da China, Shi Xiansheng, o número de internautas via celular no país deve superar em breve o número dos que acessam websites por meio de computadores. A China está entrando na era de internet móvel, concluiu Shi.
"A tendência é que o número de internautas via celular supere no curto prazo o dos internautas por linhas fixas. A função da internet passa do fornecimento de informações para a combinação de educação à distância, o comércio eletrônico, e o entretenimento, entre outros", explicou Shi.
Enviar e receber mensagens e fotos, ler notícias e assistir a vídeos são as mudanças que as primeiras três gerações de telecomunicações trouxeram na nossa vida. Então, o que a próxima geração nos traz? O engenheiro sênior da empresa norte-americana Qualcomm na China, Hao Xu, responde à pergunta.
"A maior diferença entre a primeira e a segunda geração está na digitalização. A terceira geração de telecomunicações possui velocidade mais rápida na transmissão de dados. A quarta geração de celular se destacará também pela alta velocidade da transmissão de dados", explicou Xu.
Para levar adiante o segmento, a China pesquisou independentemente o TD-LTE, critério tecnológico para a próxima geração de telecomunicações. O novo critério é fruto da evolução do atual sistema TD-SCDMA, empregado na terceira geração de celulares. Segundo Zhao Zhongze, responsável do Departamento de Mercado da Motorola na China, a sua empresa estabeleceu, junto com China Mobile, a maior operadora de comunicações móveis do mundo, uma rede baseada no TD-LTE em sete pavilhões dentro do Parque da Expo Mundial, em Shanghai.
"Nesses pavilhões, você pode sentir a facilidade trazida pela banda larga móvel. É permitido lá o acesso sem fio a internet com cartão de dados do TD-LTE. A velocidade de download é igual à da internet com fio. Você pode assistir a vídeos de alta definição e realizar diálogos ou conferências online", disse Zhao.
A realização da Expo de Shanghai favoreceu o amadurecimento da tecnologia TD-LTE. A Shanghai Bell, da operadora Alcatel-Lucent, já apresentou a proposta de desenvolvimento da banda larga para sustentar o emprego do TD-LTE. A informação foi dada por Li Song, consultor-sênior do Departamento de Mercado da Shanghai Bell.
"A nova banda larga móvel permite download de vídeos de alta precisão. A velocidade máxima da nossa rede atinge 173 Mbps, capaz de atender à necessidade dos consumidores", disse Li.
Em uma conferência sobre a próxima geração de comunicações móveis, realizada em junho em Shanghai, Wen Kuxiang, diretor do Departamento de Ciências e Tecnologias do Ministério de Indústria e Informação, afirmou que o governo chinês apoia o TD-LTE e quer comercializá-lo junto com outras operadoras do mundo.
"O governo chinês mantém a posição de apoiar a harmonização do mercado globalizado e criar um bom ambiente para o desenvolvimento acelerado do TD-LTE. Estamos iniciando testes em várias cidades e queremos comercializar a tecnologia junto com operadoras mundiais", frisou Wen.
Neste momento, a China Mobile está ampliando o número de equipamentos para a terceira geração de comunicações móveis, que passarão a ser atualizados para a rede TD-LTE. A rede de telecomunicações da terceira geração cobre hoje 238 cidades chinesas, um salto significante em comparação com as oito cidades cobertas há três anos. O número de estações base disparou neste período de 20 mil a 100 mil. O presidente da China Mobile, Wang Jianyu, prometeu construir mais estações base, que devem cobrir, até o final deste ano, todas as áreas urbanas do país.
"Na minha opinião, o setor está em uma nova fase de desenvolvimento. A internet móvel é bem recebida pelos consumidores. Tanto operadoras quanto fornecedores prestam muita atenção a ela, o que é um sonho e também um desafio para todos nós", disse Wang.
(Por Zhu Wenjun)