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Globalização Econômica, uma faca de dois gumes III
  2010-02-23 09:52:29  cri

No início de 2008, ninguém sabia quando terminaria a crise no mercado imobiliário dos Estados Unidos, ou que influência ela traria ao mundo. Em agosto de 2008, quando as duas maiores companhias de financiamento hipotecário no país, Fannie Mae e Freddie Mac, anunciaram uma perda anual de US$ 14 bilhões, o mundo começou a considerar as graves conseqüências dessa crise.

No dia 7 de setembro do mesmo ano, o governo federal dos EUA assumiu o controle dos dois gigantes e começou a interferir no mercado imobiliário. Mas a situação continuou a se agravar. No mesmo mês, o Lehman Brothers, o quinto maior banco de investimento norte-americano entrou em falência. Finalmente, um tsunami em Wall Street causou uma crise financeira global. Os cidadãos norte-americanos também se preocuparam:

"Agora, o sonho dos EUA tornou-se o pesadelo dos EUA."

"Acho que não é um problema simplesmente das instituições financeiras nem da própria economia. É o tempo que o governo interfere na economia norte-americana que está muito perigoso."

Com a falência de vários bancos de investimento de Nova York, União Europeia, Japão e outras economias mais desenvolvidas no mundo, iniciou-se uma queda brusca na bolsa de valores, e o aumento da taxa de desemprego. Pior ainda, Islândia e Coreia do Sul chegaram muito próximas da falência do tesouro nacional. Paul Krugman, economista norte-americano e ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008, avaliou:

"A crise é muito grave. Sem dúvida é a decadência mais grave desde a década 80 do século passado, e parece que não há solução. Todo o mundo tem muito medo deste desastre."

A crise começou nos Estados Unidos mas acabou envolvendo o mundo todo. Isso mostrou claramente o aspecto negativo da globalização econômica, que impulsiona a flexibilidade de capital, mas também dificulta a supervisão do mercado. Por causa da globalização, O mundo está mais suscetível a crises como essa e pode sofrer impactos mais profundos.

Li Zijun possui uma pequena fábrica de produtos eletrônicos. Influenciado pela crise financeira, ele teve de parar uma das duas linhas de produção da empresa. Ele explicou:

"O maior problema é a taxa de câmbio dos materiais. De fato, sempre temos encomendas mas não ousamos aceitar. Agora faço comércio com muita cautela."

Frente a essa situação, os diversos países adotam medidas de suporte. O governo chinês lançou, no final de 2008, um plano de socorro econômico de quatro trilhões de yuans. A Casa Branca decidiu investir US$ 787 bilhões, e os países europeus também mobilizaram US$ 2 trilhões para incentivar a economia. Tudo isso ajudou na batalha mundial contra o tsunami financeiro.

Ao mesmo tempo, os líderes dos países perceberam que a crise global exige um enfrentamento global. Em um curto prazo, foram realizadas diversas reuniões especiais para discutir a cooperação internacional. Em 15 de novembro de 2008, a capital dos EUA recebeu a Cúpula de Mercados Financeiros e Economia Global do G20. O resultado mais importante dessa reunião é que os líderes das nações mais importantes no mundo se comprometeram enfrentar o desafio de mãos dadas com medidas monetárias e políticas. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, declarou após a cúpula:

"Acho que agora não devemos enfrentar sozinhos, mas sim assumir a responsabilidade em conjunto. Queremos que todo o mundo, não só a Europa, compreenda o fato que temos capacidade de retomar a economia mundial. Isso pode ser feito por medidas de comércio, assistência e desenvolvimento, e essas medidas são diversificadas para os diferentes países."

No combate global à crise financeira, o desempenho da China atraiu a atenção. O presidente chinês, Hu Jintao, esclareceu a posição do país durante a cúpula da Apec (Organização de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), realizada em novembro de 2008 em Lima, capital de Peru:

"A China continuará promovendo a construção de um sistema econômico mundial de desenvolvimento sustentável, um sistema financeiro aberto, um sistema comercial justo e adequado, e um justo e eficiente sistema de desenvolvimento. Além de desenvolver o próprio país, vamos levar em consideração as preocupações dos nossos parceiros, especialmente os países em desenvolvimento. Apoiamos que a comunidade internacional ajude os países em desenvolvimento a melhorar a qualidade de vida do povo e a intensificar a capacidade de desenvolvimento autônomo. Vamos continuar impulsionando a liberdade e a facilidade de comércio e investimento internacionais."

Graças às cooperações internacionais, a economia mundial deu sinais de recuperação na segunda metade de 2009. Ba Shusong, chefe do Instituto Financeiro do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento, subordinado ao Conselho de Estado da China, afirma:

"A comunidade internacional aprendeu com as experiências do passado para adotar as medidas necessárias. Todo mundo percebe que devemos ter união ao elaborar políticas econômicas pró-ativas e flexíveis, além de cooperar no mercado financeiro e elevar a eficiência."

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