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Produção automobilística deve manter crescimento em 2010
  2010-01-26 10:34:15  cri

Em 2009 a China produziu 13,8 milhões de veículos e se tornou a maior produtora de automóveis do mundo, superando pela primeira vez os Estados Unidos. A meta foi alcançada cinco anos antes do prazo estabelecido pelo país. Para empresários e personalidades do segmento, a produção e a venda de automóveis na China devem continuar crescendo, e o número pode superar as 15 milhões de unidades. 

O setor automobilístico é um dos segmentos que mais contribuíram para a recuperação da economia chinesa no ano passado. O país produziu 13,8 milhões de carros, e a venda atingiu a casa dos 13,65 milhões de unidades, um crescimento de aproximadamente 50% em comparação com o ano anterior. Estimuladas pela política que reduziu pela metade os impostos sobre os sedãs com motor igual ou inferior a 1.6, as vendas desse modelo chegaram a 7,2 milhões de unidades, uma alta de 70% frente ao ano de 2008. O analista Jia Xinguang atribui o crescimento vertiginoso do consumo automobilístico à melhora da economia nacional e às medidas de estímulo aplicadas pelas autoridades chinesas.

"O crescimento do PIB superou 8% em 2009. O fato em si é muito estimulante ao setor automobilístico. Além disso, o governo central lançou três políticas exclusivamente voltadas ao consumo de carros, incluindo redução de impostos ao consumidor, estímulo à venda de veículos em áreas urbanas e substituição de unidades velhas por novas", disse Jia. 

Para alguns veículos de imprensa e observadores, no entanto, as políticas preferenciais foram tão estimulantes que causaram um superaquecimento do mercado, antecipando o consumo previsto apenas para 2010. Isso explica a expectativa de uma possível redução das vendas este ano.

Sobre a questão, uma pesquisa feita pela empresa de consultoria Horizon Group defende que a demanda real vai sustentar um crescimento rápido e constante do mercado automobilístico chinês. O PIB per capita na China já superou três mil dólares. Tomando por base experiências passadas, segundo o presidente da empresa, Yuan Yue, isso significa um aumento significativo de carros. Apesar disso, de acordo com ele, a popularização do veículo entre as famílias chinesas deve levar mais tempo do que nos países ocidentais.

"A popularização dos sedãs entre as famílias chinesas pode levar de 50 a 60 anos. Será muito diferente do que aconteceu em países ocidentais, onde o nível de industrialização ainda é mais avançado", afirmou Yuan. 

Assim como a crise financeira, as mudanças climáticas também entraram na lista dos temas mais discutidos do mundo. Da destruição do planeta descrita no filme 2012 à reunião de Copenhague que discutiu a redução dos gases causadores do efeito estufa. Diversos apelos têm levado a população mundial a dar atenção nunca antes vista a um modo de vida que emita menos carbono. Sob tal circunstância, as pesquisas de carros abastecidos por novas energias têm sido destaque entre os produtores automobilísticos de todo o mundo. E as empresas chinesas, claro, fazem parte desse contingente. O grupo Geely, da província de Zhejiang, deve lançar ainda este ano um modelo próprio movido a energias alternativas, segundo o vice-presidente do grupo, Zhao Fuquan.

"Finalizamos as pesquisas sobre as tecnologias de primeira e segunda gerações, e agora estamos focados na terceira. São carros movidos por energia elétrica e solar. Vamos exibi-los na exposição de Beijing este ano", contou Zhao. 

Hoje, os produtores chineses não poupam esforços na divulgação de suas marcas. Wang Wenbin, vice-gerente da Yutong, a maior produtora de ônibus da China, afirmou que a empresa vem se dedicando a ampliar a fama de sua marca no âmbito internacional.

"A marca Yutong detém uma fatia estável do mercado interno. No mercado externo, no entanto, ela ainda é pouco conhecida. Ainda precisamos trabalhar muito para tornarmos a Yutong o principal fornecedor do mundo", disse Wang. 

O setor automobilístico chinês obteve avanços significativos nas fusões e aquisições no ano passado. A tendência deve se manter. No final de 2009, a Geely anunciou a compra da Volvo, da norte-americana Ford Motors. O acordo final será firmado no primeiro semestre deste ano, estabelecendo, assim, a maior fusão do segmento na China.

Para a secretária-geral assistente da Associação Chinesa do Setor Automobilístico, Zhu Yiping, o segmento deve manter estável o crescimento neste ano, apesar das incertezas que ainda cercam a economia mundial.

"Por ser um setor pilar, o governo vai continuar apoiando seu crescimento. A demanda da população por carros continua alta. Nos últimos 15 anos, a venda de automóveis registrou um crescimento anual médio de 16,74%. Nossa previsão é de que, em 2010, o ritmo de crescimento gire em torno dos 10%, e que a produção nacional chegue a 15 milhões de unidades", analisou Zhu. 

O crescimento do setor automobilístico chinês compensou, de determinada forma, o recuo registrado pelo mercado mundial. O mercado chinês ofereceu também oportunidades para as principais empresas transnacionais, cujas vendas na China alcançaram um incremento médio superior a 20% em 2009. No caso do GM, esse percentual chegou a 70%. O país asiático, portanto, continuará sendo um importante mercado para as multinacionais.

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