Outros países americanos, como o Brasil, Perú, Argentina, Chile e Venezuela, também sentiram uma crescente presença dos turistas chineses, mas a situação não é tão animadora como na Europa e nos EUA.

A Brazil Sunshine International Travel Service Co. Ltd (BSITS), é a única empresa brasileira que participou do Cottm 2009. O intuito é justamente estabelecer amplos contatos com agências chinesas e promover pacotes de viagem ao Brasil, afirmou o gerente do escritório do BSITS na China, Li Bin, em entrevista à Rádio Internacional da China (CRI).

"É a primeira vez que participamos desse evento. O objetivo é conhecer colegas chineses no setor turístico e promover nossos produtos, pois como um atacadista no mercado chinês, queremos muito que as agências chinesas divulguem o Brasil entre seus clientes", explicou Li.

Criado em 2002 no Rio de Janeiro, o BSITS iniciou suas atividades dedicando-se à recepção de delegações chinesas em viagens executivas ao Brasil. A partir de 2005, ano em que o Brasil foi aberto aos turistas chineses, o BSITS começou a receber chineses portadores de passaportes comuns. O número de turistas do gênero recebidos pela companhia mantém um aumento anual de 30%, conforme Li.

"No passado, nossa empresa se dedicava exclusivamente às delegações chinesas em viagem de negócios ao Brasil, mas recentemente também passamos a incluir os turistas comuns em nossos pacotes.

Para Li Bin, o Brasil ainda é um mercado novo para turistas chineses, e a sua empresa pretende divulgar os costumes, a cultura e as especialidades do maior país latino-americano.

"Pelo que se sabe, o número de turistas chineses na Europa e na Austrália já atinge um nível bastante alto. Como o maior país da América Latina, o Brasil possui inúmeras atrações turísticas, apesar de sua curta história. Além disso, sua natureza e cultura espetaculares têm muito a oferecer aos turistas chineses. Já que muitos chineses já conhecem e se familiarizaram com a Europa e os Estados Unidos, a Amércia do Sul pode ser o próximo destino", disse Li.

Por outro lado, Li Bin reconheceu que existem certas restrições para os turistas chineses que viajam ao Brasil.

"Por exemplo, até esse momento não existem vôos diretos entre o Brasil e a China. A longa distância entre os dois países também faz a viagem muito cansativa. Além disso, a obtenção de vistos ao Brasil é um pouco complicada. Tudo isso requer uma série de medidas", completou Li.

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