Após ter transmitido o convite formulado pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao seu homólogo moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, no decurso de uma audiência que teve lugar quinta-feira, o embaixador salientou que a participação de Moçambique é de "importância primordial para o sucesso da reunião ministerial."
"A presença de uma delegação oficial de alto nível de Moçambique será muito importante para o sucesso da cimeira", disse o embaixador Su Jian.
O embaixador anunciou, no encontro, a instalação em Moçambique de um parque industrial a ser financiado pelo governo da China "a fim de se poder criar mais postos de trabalho, aumentar a exploração dos recursos naturais e permitir o reforço das reservas financeiras sobre o exterior de Moçambique."
Para a realização deste investimento está previsto para 2017 o envio de um grupo de especialistas chineses que irá estudar a localização do parque bem como das indústrias e serem nele implantadas.
"O governo de Moçambique já analisou diversos locais possíveis, pelo que quando houver um local definido podemos começar a convidar empresas chinesas, ou moçambicanas, para darem início à primeira fase do parque industrial", disse ainda o embaixador da China.
Dados divulgados pelo Centro de Promoção de Investimentos indicam que o investimento de empresas chinesas representou no primeiro semestre de 2016 quase 60% do investimento directo estrangeiro total.
O embaixador anunciou igualmente que a China está a analisar o perdão de alguns empréstimos sem juros concedidos a Moçambique, a fim de ajudar o governo local a superar a crise que o país atravessa.
Su Jian recordou que a China já perdoou a Moçambique desde 2001 dez empréstimos sem juros, que recentemente foi perdoado um outro no montante de cinco milhões de dólares e que as partes estão agora a analisar mais perdões de dívida. (Macauhub/CN/MZ)