O bambu é amplamente usado no sul do rio Yangtsé, desde para fazer camas e cadeiras até para construir cabanas, pontes e jangadas. Além disso, os verdes e elegantes bambuais no meio das aldeias, oferecem um magnífico quadro paisagístico.
Rachando os bambus em tiras finas, pode-se entrançar cestas, portas-vaso e figuras de animais. Os segmentos de bambu servem para fazer estojos e caixas para guardar chá que são gravados com belos desenhos. Muitos instrumentos musicais também são feitos de bambu como flauta, Xiao(flauta vertical) etc.
Os suculentos rebentos de bambu são uma deliciosa iguaria. O chá feito com as folhas de bambu podem reduzir a febre e a junta podem reduzir a febre e a unta de bambu é um ingrediente medicinal para aliviar as náuseas.
Há mais de 6 mil anos atrás, o caráter chinês bambu já tinha sido gravado nas cerâmicas primitivas da cultura de Yangshao. Na província de Zhejiang descobriram-se cestas de bambu entre as relíquias de 4 mil anos atrás. Antes da invenção de papel, os nossos antepassados gravaram os caracteres em tábuas de bambu, e as mais antigas descobertas até hoje são do Período dos Reinos Combatentes(475 - 221 a. C). Há 2 mil anos atrás, na construção da obra hidráulica de Dujiangyan, cestos de bambu foram utilizados para transportar pedras e as canalizações para irrigação eram feitas de bambu.
Segundo a tradição, o bambu simboliza felicidade e tenacidade. O bambu inspirou muitos poetas e pintores de antigamente. Por exemplo, Zheng Banqiao (1693 - 1765) da dinastia Qing, escreveu um poema na sua pintura: "Agarrando fortemente na montanha verde com suas raízes fixas nas fendas de rochas, o bambu cresce vigorosamente entre milhares de tormentas e ventanias".
A região onde cresce maior número de bambu é sudoeste asiático, zona quente e húmida, com freqüentes monções, por isso encontram-se frondosos busques de bambu de diferentes variedades que cobrem grandes extensões de terra no sul e sudoeste da China.
De acordo com as condições climáticas, os bambus da China dividem-se em duas espécies: na zona tropical e subtropical, crescem bambus em grupos, cujas raízes rastejantes dão origem a rebentos lado a lado; na zona temperada, os bambus crescem dispersos, cujos rebentos originam-se dos nós das raízes rastejantes.
Dai Kaizhi da dinastia Jin (265 - 420) mencionou 70 variedades no seu Registro de Bambu. Das 300 variedades conhecidas atualmente na China, algumas são raras e exóticas como o bambu Mao, o bambu Shui, o bambu de cauda de fênix, o bambu purpúreo, etc. Na ilha do Hainan, há uma espécie de bambu trepadeira que chega a 30 metros de comprimento.
O bambu mosqueado(phyllosta-chys bambusoides f. tanakae) tem nódoas castanhas. Diz- que o imperador Shun (que viveu no século XXI a. C) morreu durante uma viagem a Cangwu, no sul da atual Região Autônoma da Nacionalidade Zhuang do Guangxi. Ao saber da notícia, as suas duas concubinas que estavam ao Lago Dongting, província do Huana, ficaram muito tristes e as suas lágrimas derramaram-se nos bambus da colina Junshan, próximo do lago. Mais tarde, esses bambus ficaram com nódoas até hoje. Esta espécie de bambu é muito raro e o governo provincial já estabeleceu uma reserva natural a fim de proteger essa espécie.
O bambu é economicamente lucrativo devido ao seu crescimento rápido, maturação precoce e alto rendimento. Para atingir 20 metros de altura o bambu Mao leva apenas três meses. O corte pode ser feito depois de quatro a seis anos, produzindo 30 toneladas anuais por hectare.
No final da década de 50, vários institutos de investigação começaram as experimentações em aclimatar algumas variedades de bambu no norte da China. Foram cultivadas com sucesso o bambu Mao na região do rio Haugnhe. Atualmente, o bambu Mao cresce com vigor até no nordeste da China.
O aproveitamento econômico do bambu continua aumentando, como o fabrico de mobiliários de bambu reforçado com material plástico. As casas de bambu são comuns nas zonas das minorias nacionais do sul.