Em 2015, de acordo com dados oficiais chineses, os Estados Unidos viram a sua quota de mercado na venda de soja à China recuar 7 pontos percentuais, ao ter passado de 42% para 35% de um total importado de 81,7 milhões de toneladas, um aumento anual de 10,4 milhões de toneladas comparativamente com 2014.
Daniele Siqueira, analista da AgRural, disse ao jornal Folha de São Paulo que a China vai continuar a aumentar as importações de soja tanto do Brasil como da Argentina, país que aumentou a sua quota de mercado de 8% em 2014 para 11% em 2015, estando a opção chinesa no caso do Brasil relacionada com a desvalorização do real face ao dólar, o que tornou o produto brasileiro mais competitivo.
A moeda do Brasil, o principal concorrente dos EUA na soja, teve uma desvalorização de 41% entre 2014 e 2015, ao ter passado de 2,35 reais por dólar para 3,33 reais por dólar, ao passo que a moeda norte-americana teve uma valorização de 17% no mesmo período.
Na campanha agrícola 2014/2015 o Brasil e os EUA exportaram cerca de 50 milhões de toneladas cada, com uma ligeira vantagem para o Brasil mas na campanha que se encerra a 31 de Agosto próximo o Brasil deverá colocar nos mercados externos 57 milhões de toneladas, contra apenas 46 milhões de toneladas dos norte-americanos. (Macauhub/BR/CN)