No comunicado com as contas nos primeiros nove meses do ano divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CGD explica a queda abrupta verificada com o facto de em 2014 o banco ter procedido à venda das companhias de seguros Fidelidade, Cares e Multicare.
"O lucro nos primeiros nove meses de 2014 foi superior devido a factores não recorrentes, caso da venda das participações nas seguradoras Fidelidade, onde ficou com uma participação de apenas 15%, e da Cares e Multicare, onde ficou com uma participação de 20%", pode ler-se no comunicado.
A venda, em que a Caixa Geral de Depósitos encaixou 278,9 milhões de euros, permitiu que os resultados tivessem sido positivos, pois em caso contrário teria apresentado um prejuízo de 232,6 milhões de euros em Setembro de 2014, ao invés de um lucro de 46,3 milhões de euros.
O Banco Nacional Ultramarino, de Macau, contribuiu com 45,8 milhões de euros (32,3 milhões de euros de Janeiro a Setembro de 2014) para as contas consolidadas da CGD de Janeiro a Setembro, tendo sido a unidade de negócios que maior valor acrescentou às contas, quase o dobro da sucursal de França, que apresentou 28,9 milhões de euros (-50,4 milhões de euros).
O comunicado da CGD afirma mesmo serem as unidades localizadas em África e na Ásia as que têm tido melhor desempenho, casos do BNU Macau, BCI de Moçambique e o Banco Caixa Totta de Angola que, em conjunto, adicionaram 80,1 milhões de euros às contas do banco estatal português. (Macauhub/AO/MO/PT)
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