O empreiteiro é a empresa chinesa China Machinery Engineering Corporation (CMEC), que contratou com o Ministério da Energia e Águas a construção da central de ciclo combinado pelo montante de 102,5 mil milhões de kwanzas (976 milhões de dólares).
O respectivo contrato foi aprovado em Agosto passado, tendo na altura o governo justificado a despesa com "as previsões de crescimento da procura de energia eléctrica no país" no médio e longo prazo.
Além de aprovar o projecto da central de ciclo combinado do Soyo, no Norte de Angola, o decreto valida igualmente a minuta do contrato de construção e instalação desta infra-estrutura, na modalidade "chave-na-mão", com o grupo CMEC.
A entrada em funcionamento da primeira fase da central, em construção nas localidades do Kintambi e Mongo-Soyo, periferia da cidade, marcada para 2016, deve gerar 230 megawatts, dos 750 megawatts previstos para 2018.
O projecto, que conta com a assessoria financeira do Millennium BCP e do Banco Privado Atlântico (BPA), resulta da parceria entre a Energias de Portugal (EdP) e a Sonangol, assinada em Julho de 2009, através da constituição da holding EIH, cujo capital é detido a 30% cada pela EdP, Sonangol e Banco Privado Atlântico e os restantes 10% pela FiniCapital.
O contrato entre os dois bancos, o Millennium, de capital maioritariamente português, e o BPA, de capital maioritariamente angolano, abrange assessoria e financiamento da central e da rede de transmissão entre o Soyo e Luanda e envolve ainda um projecto de electrificação de zonas rurais e remotas de Angola com energias renováveis. (Macauhub/AO/PT)