Em uma entrevista concedida ao jornal local China Daily, o banco assegurou que a China e o Brasil estão planejando utilizar suas próprias moedas nas transações comerciais.
O presidente chinês Hu Jintao e seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, falaram pela primeira vez da possibilidade de substituir o dólar pelo yuan e o real como moedas de liquidação comercial durante a cúpula do G20, realizada em Londres mês passado.
Na ocasião, Lula declarou que ambos os países continuariam dialogando sobre a maneira de realizar as operações comerciais nas próprias moedas.
"Uma vez que os bancos centrais dos dois países cheguem a um acordo, o Banco da China realizará os negócios de liquidação comercial de acordo com essas pautas", indicaram fontes do banco.
O Banco da China já conta com um escritório de representação no Brasil desde fim do século passado.
Depois de obter a aprovação da Comissão Reguladora de Bancos da China, o banco apresentou uma solicitação ao Banco Central do Brasil para abrir sua própria sucursal. Esta solicitação foi passada no fim de 2008.
Fontes do Banco da China indicaram que os preparativos para a abertura da sucursal no Brasil já finalizaram e informaram que ainda estão à espera da aprovação final do banco central brasileiro.
As regulamentações bancárias no Brasil estipulam que todos os bancos estrangeiros devem ser aprovados pelo banco central antes de poder abrir uma sucursal oficialmente.
"A China ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior mercado do mundo para produtos do Brasil. O Banco da China proporciona todo tipo de serviços financeiros às companhias chinesas no Brasil e às empresas brasileiras que querem fazer negócios na China", explicaram fontes do banco chinês.
Segundo os números oficiais das autoridades brasileiras, o comércio entre a China e o país sul-americano totalizou US$ 3,23 bilhões em abril, acrescentaram as mesmas fontes.
O Banco da China contava no fim de 2008 com cerca de 800 sucursais em 29 países e regiões.