O vice-ministro do Comércio da China, Zhong Shan, reiterou ontem (27) que o governo chinês não vai ficar de braços cruzados quanto ao protecionismo comercial europeu. A posição foi reforçada durante reunião com funcionários da Comissão Europeia para negociar as divergências comerciais sobre produtos fotovoltaicos e equipamentos de telecomunicações sem fio.
No encontro com o comissário comercial da entidade, Karel de Gucht, e o diretor-geral do Departamento de Comércio, Jean-Luc Demarty, Zhong disse que as investigações de anti-dumping e anti-subsídio iniciadas pela UE vão causar grandes prejuízos ao setor chinês, e influenciarão as relações econômicas com a Europa. O protecionismo comercial é inaceitável para a China.
Zhong Shan ressaltou que a existência de divergências comerciais entre as duas partes é normal. O mais importante é tratá-las de forma adequada. A China apoia o diálogo e a negociação para resolver as disputas comerciais e se opõe a qualquer ação unilateral que agrave as diferenças. Zhong acrescentou que o país vai agir quando necessário para defender o seu interesse.
Em relação à reunião, o vice-ministro chinês disse que o contato é construtivo e benéfico para resolver as divergências e promover as relações econômicas bilaterais.
No mesmo dia, o chefe da missão chinesa na União Europeia, Wu Hailong, escreveu um artigo para o Financial Times, pedindo que a entidade avalie com cautela suas ações e ponha em prática seus compromissos para garantir o desenvolvimento saudável e estável das relações econômicas com a China.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Luiz Tasso Neto