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Na sua passagem pela Suíça, o premiê Li Keqiang e o presidente suíço, Ueli Maurer, compareceram a uma cerimônia de assinatura de um memorando relacionado ao acordo de livre comércio entre os dois países. Isso significa que a Suíça se tornará o primeiro país da Europa a estabelecer o livre comércio com a China.
De acordo com Feng Zhongping, pesquisador dos assuntos europeus do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, as relações comerciais sino-suíças se beneficiarão bastante deste acordo. Ele disse:
"No momento, a China é o maior parceiro de cooperação econômica da Suíça na Ásia. Por isso, a assinatura do acordo de livre comércio entre os dois países tem um grande significado para consolidar a colaboração bilateral na área financeira e eliminar as barreiras comerciais. Além disso, ambos os lados também poderão desfrutar dos benefícios de redução de imposto aduaneiro."
A Alemanha foi o único país membro da União Europeia (UE) a ser visitado pelo premiê chinês. Nos últimos anos, China e Alemanha têm mantido um desenvolvimento estável dos laços bilaterais. Os dois países também estabeleceram um mecanismo aperfeiçoado de conversa intergovernamental.
Durante a visita de Li Keqiang, China e Alemanha firmaram uma série de acordos de cooperação nos setores de agricultura, energias, preservação ambiental e de automóvel. Ao falar da colaboração entre os dois países, a professora da Universidade Renmin da China, Meng Hong, fez os seguintes comentários:
"As áreas de proteção ambiental e de novas energias, como a fabricação de automóveis elétricos, serão destaques na cooperação entre China e Alemanha. Além do mais, a China também deve aprender com as experiências da Alemanha nas indústrias de serviços. Comparando com a China, a Alemanha já está na era da sociedade pós-industrial, cujo setor de serviços ocupa 69% do valor total dos negócios globais. Além disso, a Alemanha também está em frente da China em outros diversos aspectos, como o seguro de pensão e setor bancário."
Além da cooperação, também existem divergências entre China e Alemanha. Nos últimos dias, a UE decidiu realizar uma investigação anti-dumping e anti-subsídio sobre os produtos fotovoltaicos e equipamentos de comunicação sem fio, exportados pela China. Quanto à questão, o primeiro-ministro chinês declarou que os atos de protecionismo comercial, tomados pela UE, prejudicaram tanto o desenvolvimento das empresas chinesas envolvidas na Europa, quanto os interesses dos consumidores europeus. A China apoia uma solução das disputas comerciais por meio de diálogo, de forma a defender a liberalização e facilidade do comércio internacional.
Segundo Meng Hong, como um dos maiores países membros da UE, a Alemanha tem a mesma posição da China na questão da luta contra o protecionismo comercial. Para ela, a China e os países europeus precisam evitar o agravamento das contradições e encontrar uma melhor solução para os problemas, através de negociação.
tradução:Zhao Yan
revisão:José Medeiros da Silva