No seguimento das polêmicas declarações proferidas por Toru Hashimoto, prefeito da cidade japonesa de Osaka, a ministra das Reformas Administrativas do Japão, Tomomi lnada, disse no último dia 24 que o sistema de escravização sexual das mulheres foi, apesar da violência imposta às mulheres, legal dentro do quadro de guerra da altura. A afirmação foi imediatamente condenada pelo Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul.
A entidade sul-coreana classificou o discurso de Tomomi lnada de "intolerável" e exigiu que a ministra se retraísse das afirmações feitas. A Coreia do Sul aponta que o referido sistema se traduziu em atos de "violência sexual" praticados durante a guerra e configurou uma grave violação dos direitos humanos. No dia 22 de maio, o Ministério da Família e Promoção da Mulher sul-coreano divulgou uma declaração, apontando que as mulheres afetadas sofreram muito durante a invasão japonesa ocorrida na Segunda Guerra Mundial, um trauma que as afeta ainda hoje. As declarações japonesas representam uma deturpação da história.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também já reagiu. O presidente da Comissão contra a Tortura, Marc Grossman, confirmou ter pedido justificações ao Japão sobre a questão e deverá adotar uma posição na próxima semana.
Tradução: Xie Haitian Revisão: Miguel Torres