A agência de notícias oficial da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) reportou ontem (22) que Choe Ryong Hae, enviado especial do primeiro-secretário geral do Partido do Trabalho, Kim Jong-un, deixou Pyongyang rumo à China para uma visita oficial. A agência de notícias da Coreia do Sul disse que o governo sul-coreano considera a visita como um "sinal positivo" e como um sinal de diálogo.
Caso a Coreia do Sul, EUA, China e RPDC chegarem a um consenso sobre o diálogo, o mesmo deve acontecer brevemente. No entanto, na visão das agências de notícias sul-coreanas, o desenvolvimento da situação dependerá do contato entre a China e RPDC.
O jornal japonês, Mainichi Shimbun, publicou ontem um artigo, para enfatizar que essa é a primeira vez que Kim Jong-un envia um representante especial após tomar o pode supremo. A parte norte-coreana mostra intenção de aliviar a relação com a China que ficou tensa depois do lançamento do satélite e do teste nuclear da RPDC. Essa atitude norte-coreana de mandar um emissário à China sinaliza com o diálogo e cria um ambiente favorável ao país evitando ainda mais o isolamento. No entanto, para o jornal japonês, o futuro da península coreana ainda não está claro.
Os veículos de imprensa russa também acompanham com atenção a visita do enviado norte-coreano. A agência de notícias oficial do país comentou que embora o motivo da visita não seja revelado, é notável que as relações entre Pyongyang e Beijing estão cada vez mais frias depois que a RPDC praticou ações unilaterais, ignorando a sugestão chinesa.
O Jornal Russo considera que a visita pode estar relacionada com a prisão dos pescadores chineses. A agência de notícias russa, ITAR-TASS, apontou, citando a afirmação do observador japonês, que a visita do representante norte-coreano é uma viagem preparatória para visita oficial de Kim Jong-un, que ainda não visitou a China desde que assumiu o poder.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: José Medeiros da Silva