Os problemas de excesso de capacidade agravaram depois do investimento excessivo em 2009, que só poderão ser resolvidos em sete anos a partir de 2009, disse Chen Letian, analista macroeconômico chefe da Companhia de Valores Rising em um artigo publicado nesta sexta-feira no China Securities Journal.
Se não houvesse a maciça expansão na capacidade industrial em meio ao plano de estímulo massivo em 2009, a atual rodada de capacidade de produção da China possivelmente poderia ser reduzida aos níveis normais em 2013, escreveu Chen.
A capacidade excessiva levou diversos setores chineses, entre os quais o siderúrgico, à beira de grandes prejuízos.
Até o final do primeiro trimestre do ano, a taxa dívidas/ativos do setor siderúrgico atingiu 61,52%, sendo que a média da produção diária de aço bruto subiu para a alta recorde de 2,132 milhões de toneladas.
A capacidade excessiva também preocupa as emergentes indústrias solar e eólica, com o setor solar registrando uma taxa de utilização da capacidade de 60%, e o eólico, menos de 70%.
Uma utilização da capacidade inferior a 70% é perigosa e pode provocar concorrência acirrada, disse Chen.
As expectativas de altos lucros e o amplo apoio oferecido pelos governos locais causaram o problema da capacidade excessiva na China.
Segundo Chen, a China enfrentará a necessidade urgente de lidar com o excesso de capacidade nos próximos anos. Caso contrário, a falência, dívidas e desemprego provocarão uma crise financeira.
O economista sugeriu que algumas das capacidades excessivas sejam absorvidas com fusões e reorganizações, melhoria na capacidade de inovação das empresas e incentivo para que as companhias chinesas ampliem sua presença no exterior.
por Agência Xinhua