Na reunião da 67ª Assembleia Geral da ONU realizada nesta quarta-feira (15), a resolução sobre a questão síria foi aprovada com o voto favorável de 107 países, o voto contra de 12 e a abstenção dos restantes 59 países. A China votou contra o projeto.
O representante permanente chinês na ONU, Li Baodong, tinha afirmado antes da votação esperar que todos os envolvidos apoiassem a nova rodada de esforços de mediação feitos pelo secretário-geral da ONU e pela comunidade internacional para a solução política da questão síria. O resultado da votação não beneficia os esforços referidos acima. Li Baodong assinalou que a China considera que a solução política é a única via de resolução da questão síria. A parte chinesa espera que todos os envolvidos peçam ao governo e grupo de oposição da Síria que estes assumam as suas responsabilidades, suspendam o fogo e a violência, reiniciem o diálogo político e procurem um acordo para a transição política no país.
O porta-voz da Chancelaria chinesa, Hong Lei, afirmou que a China está atenta ao projeto apresentado, pedindo que se levem em conta as opiniões de todos os envolvidos e se procure evitar a tendência de influenciar a solução política da questão síria. A China compreende as preocupações e empenho dos países árabes e da Liga Árabe para resolver o quanto antes a questão síria, e presta atenção aos esforços feitos pelas diversas partes na resolução política da questão síria. A China está disposta a envidar esforços junto com a comunidade internacional, inclusive os países árabes, para persistir na solução política da questão síria e promover uma solução justa, pacífica e adequada da questão.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reuniu-se, no mesmo dia, na sede da ONU em Nova Iorque, com o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Eles trocaram opiniões sobre a questão síria. Ambas as partes consideram de grande importância o estímulo da comunidade internacional para os envolvidos da questão síria. Além disso, Ban Ki-moon e David Cameron discutiram a transição síria e pediram uma investigação da ONU sobre as acusações do uso de armas químicas no território do país.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Miguel Torres