Os EUA e a Rússia chegaram nesta terça-feira (7) a um acordo sobre a questão síria. A Síria, China, França e ONU saudaram este acordo.
Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da Síria publicou nesta quinta-feira (9) uma declaração, saudando o consenso entre a Rússia e os EUA na questão síria. Nesta declaração, o ministro faz ainda um apelo aos EUA e seus aliados para que cessem o apoio às forças da oposição.
Segundo a declaração, os esforços dos EUA e aliados para erradicar a violência e o terrorismo e pavimentar um caminho para o diálogo político, depende da sinceridade dos EUA.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Martin Nesirky, afirmou nesta quinta-feira (9) que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry e com o chanceler russo, Sergei Lavrov, debatendo com eles o acordo entre Rússia e EUA. Nesirky elogiou a capacidade de liderança de ambos e conclamou todos os envolvidos a aproveitarem a oportunidade para resolver a crise síria.
A porta-voz da Chancelaria chinesa, Hua Chunying, afirmou nesta quinta-feira (9) que a China está atenta e dá as boas-vindas ao consenso entre a Rússia e os EUA.
Segundo a mídia norte-americana, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, lembrou recentemente que o futuro da Síria não inclui o presidente presente, Bashar al-Assad.
Numa entrevista publicada nesta quinta-feira (9) pelo jornal francês, Le Monde, o chanceler de França, Laurent Fabius, assinalou que o país continuará envidando esforços na crise síria. Ele sublinhou que o grupo da oposição síria deve estar armado para a sua autodefesa, mas tem de prevenir que as armas caiam nas mãos do governo sírio ou elementos extremistas. Além disso, a França está promovendo a investigação sobre a eventual utilização de armas químicas pelo governo sírio, reforçou Fabius.
Segundo uma outra fonte, o presidente sírio, Bashar al-Assad, reuniu-se, em Damasco, com um grupo de libaneses. Na ocasião, Assad elogiou a posição do Hezbollah do Líbano na crise síria e prometeu oferecer "qualquer coisa". O secretário-geral de Hezbollah, Hassan Nasrallah, anunciou nesta quinta-feira (9), em Beirut, que o Hezbollah vai aceitar qualquer tipo de armas oferecidas pela Síria.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Catarina Domingues