A ONU vai enviar uma equipe para a Síria para investigar o uso de armas químicas no país. O anúncio foi feito segunda-feira (8) pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O secretário-geral destacou que é preciso verificar a veracidade das acusações, que apontam para a utilização deste tipo de armamento.
A chancelaria síria já reagiu, lamentando o discurso de Ban Ki-moon, que considerou inaceitável.
Recorde-se que, em março, o governo sírio acusou os rebeldes de utilizaram projéteis de foguete com elementos químicos num ataque contra civis na província de Aleppo, causando um grande número de mortes. A acusação foi rejeitada de imediato pelos rebeldes e, nessa altura, o governo sírio pediu à ONU para que enviasse uma equipe independente para investigar o caso. No entanto, o governo sírio esperava uma investigação às práticas dos rebeldes e não o envio de uma equipe de inspetores para todo o território sírio. Para a chancelaria síria, a atitude das Nações Unidas é uma concessão aos países que pretendem distorcer a verdadeira tentativa de investigação.
Entretanto, ontem (8) o centro de Damasco foi o palco de novas explosões de carro-bomba. Segundo a televisão estatal da Síria, o acidente matou 15 pessoas e fez 47 feridos.
Nesse mesmo dia, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados divulgou um relatório, em Beirute, revelando que o número de refugiados sírios no Líbano totalizou 402 mil. A entidade prevê que o número de refugiados sírios registrados no Alto Comissariado da ONU ultrapasse 1,5 milhão até o fim de junho deste ano.
Tradução:Sílviajing
Revisão:Catarina Domingues