O novo presidente chinês Xi Jinping participará da 5ª Cúpula do BRICS, realizada nos dias 26 e 27 de março em Durban, África do Sul. Será o primeiro contato próximo entre Xi e os chefes de Estado do BRICS após assumir a presidência. As cooperações econômicas e comerciais crescentes entre a China e o Brasil podem estimular especialmente o mecanismo do BRICS, analisaram especialistas dos dois países.

　 Estatísticas do Banco Central do Brasil mostram que o valor comercial entre o Brasil e a China subiu de US$ 6,68 bilhões em 2003 para US$ 75,46 bilhões em 2012, crescendo mais de dez vezes em menos de dez anos.

　 "Em 2011, o comércio entre a China e o Brasil ultrapassou até o entre a China e a Rússia, tornando os dois países os maiores parceiros dentro do BRICS", disse Zhou Zhiwei, pesquisador do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

　 Em 2009, a China ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior parceiro comercial, o maior destino de exportação e a maior fonte de importação do Brasil. Por outro lado, o Brasil também cresceu para um dos dez maiores parceiros comerciais da China nos últimos dois anos, de acordo com os dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

　 A China se tornou o maior país de origem de investimento do Brasil em 2010 e os investimentos do Brasil na China cresceram quase dez vezes entre 2001 e 2010, de US$ 15 milhões para US$ 148 milhões.

　 "Os dois países decidiram criar uma parceria estratégica global e a relação tem caminhado de forma muito positiva. Isso é essencial para a cooperação entre a China e o Brasil, não só na relação em si, mas na relação com outros blocos e com outras organizações", disse Braz Baracuhy, cônsul da Seção Econômica e de Energia da Embaixada do Brasil em Beijing, em entrevista à Xinhua.

　 Como os governos dos dois países estão dando cada vez mais atenção ao mecanismo do BRICS, a vontade política de cooperação entre os dois lados impulsionará especialmente o desenvolvimento do mecanismo, indicou Zhou.

　 O presidente da ApexBrasil no escritório de Beijing Cesár Yu disse que o desenvolvimento econômico do Brasil será muito importante para a presidente brasileira Dilma Rousseff ser reeleita na nova rodada de eleição presidencial no próximo ano.

　 "Com a influência da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos no Rio, a futura cooperação econômica e comercial entre o Brasil e seus parceiros do BRICS, especialmente a China, seu maior parceiro comercial, será muito mais auspiciosa e potencial", disse Yu. Fim

por Xinhua