A Companhia Nacional de Eletricidade da China (SGCC, na sigla em inglês), o maior fornecedor de eletricidade da China, afirmou na quarta-feira que ao contrário de algumas reportagens da mídia, a empresa não recebeu nenhuma notificação sobre seu desmantelamento.

"Com base em nossa informação do departamento de reforma institucional pertencente à Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), até agora nada foi dito sobre a desintegração da Companhia Nacional de Eletricidade nos planos preliminares do Conselho de Estado para impulsionar a reestruturação econômica em 2013", assinalou Jia Fuqing, chefe do departamento de reforma institucional da empresa.

Em março, o jornal China Daily disse em sua página online que estava em andamento um programa para desmantelar a empresa, citando informações publicadas no jornal Diário de Jinan, com sede na Província de Shandong, leste da China.

"A rede de transmissão de eletricidade é um monopólio natural, que depende amplamente da escala de retorno econômico. Apenas com base na garantia de lucros é que podemos falar sobre a possibilidade de desmantelamento", indicou Zeng Ming, professor da Universidade de Energia Elétrica do Norte da China.

Ou seja, os grandes monopólios terminariam como minomonopólios devido aos problemas de baixa eficiência, perda de ativos, riscos de segurança e poluição, apontou Zeng.

Lin Boqiang, chefe do Centro de Pesquisa Econômica sobre Energia da China da Universidade de Xiamen, comentou que em suas reformas anteriores em 2002, a China dividiu seus operadores de transmissão de energia em duas partes, a Companhia Nacional de Eletricidade da China e a Companhia de Rede Elétrica do Sul da China, mas as duas fracassaram em criar um padrão competitivo.

"Nesse sentido, uma nova divisão da Companhia Nacional de Eletricidade da China teria pouco significado e possivelmente daria lugar ao surgimento de monopólios regionais, assim como maiores custos de reforma para os habitantes", disse Lin.

O ponto fundamental das atuais reformas deve ser a melhoria das relações entre vendedores e consumidores, disse Lin, tomando como exemplo o mecanismo de fixação de preços de electricidade.

O Conselho de Estado, ou gabinete do país, revelou seu plano para reestruturar a Administração Nacional de Energia, simplificando as funções do órgão e da Comissão Reguladora Nacional de Eletricidade.

por Agência Xinhua