O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou ontem (19) a oposição síria pela suspeita de usar armas químicas durante um ataque no país, acusando a ação de escalar o conflito vivido na Síria.
Segundo a imprensa oficial da Síria, grupos armados das forças da oposição lançaram mísseis contendo produtos químicos na província de Aleppo, provocando 25 mortes e deixando 150 pessoas feridas. Testemunhos citados pela imprensa do país dão conta de que os feridos transportados para os hospitais apresentam sintomas de asfixia e envenenamento. Estas reações podem ter tido origem em gases emitidos pelos misseis.
Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, indicou que os EUA não encontraram provas que comprovem o uso de armas químicas, indicando que o governo sírio perdeu toda a credibilidade e que os EUA suspeitam da veracidade do incidente. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano advertiu o governo da Síria para que não fabrique acusações deste tipo para justificar o uso próprio deste gênero de armas.
De acordo com a Agência de Notícias do Líbano, o presidente do país, que está visitando a Nigéria, criticou os ataques aéreos sírios ao território do país. Como resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Síria anunciou que a acusação libanesa não corresponde à verdade.
O porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich, afirmou, num outro aspeto relacionado com o conflito, que a eleição do primeiro-ministro de um governo temporário da Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias, aliança entre as forças da oposição da Síria, vai deteriorar a situação da Síria e aprofundar as diferenças internas.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: Miguel Torres