As sessões anuais da Assembleia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que estão em andamento, mostram claramente que o país asiático manterá a consistência de sua política de abertura e assumirá suas correspondentes responsabilidades na política internacional ao proteger a estabilidade regional, disse Schroeder, indicando que os dois países devem fazer esforços para superar suas diferenças sobre alguns assuntos políticos.
Como estão sendo realizadas as sessões anuais da APN, o mais alto órgão legislativo da China, e do Comitê Nacional da CCPPC, o órgão consultivo político mais importante do país, Schroeder comentou que a nova liderança da China levou em consideração a necessidade de fazer reformas em três frentes.
"Primeiro, é necessário manter a política de abertura", assinalou Schroeder, que era chanceler federal da Alemanha entre 1998 e 2005. Ele acrescentou que em segundo lugar, a China notou que o crescimento econômico não pode ser obtido as custas da natureza.
"Terceiro, a liderança chinesa levou em consideração que não pode permitir as crescentes disparidades entre ricos e pobres", afirmou o Schroeder. "Portanto, as autoridades chinesas enfrentam enormes tarefas e se prepararam para trabalhar nelas", disse.
Schroeder assinalou que ele concorda plenamente com o enfoque da liderança chinesa sobre a firme aplicação dos padrões de proteção do meio ambiente para obter um desenvolvimento sustentável. Além disso, o desenvolvimento da região do oeste da China deve continuar a fim de reduzir a diferença econômica entre as províncias no leste mais desenvolvidas e a região do oeste relativamente subdesenvolvida, sugeriu.
A meta final é criar um mercado interno estável para impulsionar as demandas domésticas, já que um foco desequilibrado nas exportações é insuficiente, disse.
Uma mudança fundamental da modalidade de crescimento econômico da China também pode beneficiar a Alemanha, devido às abundantes oportunidades a serem exploradas pelos dois países em proteção do meio ambiente e energia ecológica, acrescentou.
A China e a Europa não são concorrentes um do outro. Uma parceria conduz a resultados de benefício mútuo, enquanto o protecionismo comercial prejudica mais os interesses alemães que os da China.
Por Xinhua