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Empresas chinesas precisam elevar a consciência dos riscos no processo de internacionalização
  2013-03-07 17:58:47  cri

Às vésperas das sessões anuais da Assembleia Popular Nacional (APN) da China e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CPPCCh), o fabricante chinês de máquinas Sany declarou que o litígio da sua parceira norte-americana Ralls contra o governo de Obama alcançou um sucesso inicial: um tribunal norte-americano decidiu avançar com o caso para julgamento.

Em setembro do ano passado, o presidente dos EUA, Barack Obama, assinou uma ordem administrativa que exigia o cancelamento de um projeto de energia eólica, uma parceria entre a Sany e a Ralls, no estado do Oregon. Obama justificou a sua decisão com uma "ameaça à segurança nacional".

No primeiro dia da sessão anual da 12ª APN, o ministro do Comércio chinês, Chen Deming, falou sobre o caso. Chen disse que o ministério está investigando o caso e vai oferecer apoio a empresas chinesas.

"Este foi um litígio entre uma empresa chinesa e um governo estrangeiro. O governo chinês está investigando o caso de acordo com a lei do país. De acordo com os regulamentos da entrada da China na Organização Mundial do Comércio, o Ministério do Comércio da China tem o direito de oferecer proteção a empresas chinesas quando estas sofram prejuízos. O Ministério tem departamentos dedicados ao comércio justo e à investigação sobre os prejuízos sofridos por empresas do país. Se uma empresa chinesa solicitar ajuda, a nossa entidade disponibiliza os seus serviços."

O caso da Sany não é único. Em 2012, as operadoras de telecomunicações Huawei e ZTE foram expulsas dos EUA também sob o pretexto de "ameaça à segurança do país". A União Europeia lançou várias investigações antidumping sobre empresas fotovoltaicas chinesas. Aprendendo com os casos, as empresas chinesas devem reforçar a sua consciência sobre os riscos de entrada no mercado internacional.

Em 2003, a empresa chinesa de eletrodomésticos TCL comprou o departamento de fabricação de televisores da empresa francesa Thomson, uma operação que custou 560 milhões de dólares. Devido à falta de conhecimento sobre as leis europeias e o modelo de gestão das companhias ocidentais, a TCL sofreu perdas consideráveis na aquisição. Em vez de obter lucros do negócio, a empresa chinesa pagou um elevado preço para saldar as dívidas da Thomson quando esta faliu em 2009. Ao recordar a lição que tirou nos últimos anos, o presidente da TCL, Li Dongsheng, confessou:

"Devemos estudar a tendência de desenvolvimento do comércio global. Todos os países têm suas leis e regulamentos. No processo de globalização, temos que saber como nos proteger com base nas normas e leis de outras regiões e países. Além disso, é preciso estudar mais para evitar os riscos causados pela falta de conhecimento sobre as leis e sobre o modelo de operação empresarial de outros países."

Nos últimos anos, as empresas chinesas aceleraram o processo de internacionalização. Dados mostram que o investimento direito de empresas chinesas no exterior aumentou de 24,8 bilhões de dólares, em 2007, para 77,2 bilhões de dólares em 2012. A vice-presidente da empresa chinesa de eletrodomésticos Midea, Yuan Liqun, atribuiu a iniciativa à adoção da política de reforma e abertura ao exterior da China. Porém, ela apelou às empresas chinesas para que cuidem mais da entrada no mercado global.

"Atualmente, a crise financeira internacional e a crise da dívida europeia estão se disseminando. Os problemas de fundo ainda não foram resolvidos. As empresas chinesas enfrentam tanto oportunidades de desenvolvimento quando desafios enormes."

Tradução: Paula Chen

Revisão: Miguel Torres

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