Foi aberta ontem (5), no Palácio do Povo, em Beijing, capital chinesa, a primeira sessão da 12ª Assembleia Popular Nacional (APN) da China. No programa de hoje, vamos ouvir as opiniões dos funcionários governamentais sobre as questões mais importantes da atualidade chinesa.
Ao responder a uma pergunta sobre o aumento dos preços das mercadorias e o crescimento econômico do país, o diretor da Administração Nacional de Estatísticas da China, Ma Jiantang, disse que este ano há condições favoráveis que permitem a estabilidade dos preços na China e que o país vai manter a atual tendência de crescimento acelerado da economia.
"A tendência dos preços em 2013 é influenciada por dois aspetos. Por um lado, a China enfrenta a pressão da inflação importada e os impactos trazidos pelas políticas econômicas relaxadas aplicadas por alguns países desenvolvidos. Por outro lado, nós temos também condições favoráveis para manter a estabilidade dos preços, como por exemplo, o aumento das colheitas de alimentos, a produção abundante de produtos industriais e as políticas monetárias estáveis do país. Estas condições tornam possível a meta de estabilização dos preços em 2013."
Segundo o relatório de trabalho governamental deste ano, a meta do PIB do país em 2013 foi determinada em 7,5%. Ma Jiantang disse que o crescimento econômico da China sofreu uma pequena desaceleração no ano passado, mas este ano o país conseguirá manter a tendência de crescimento registrada no quarto trimestre de 2012. Ma sublinhou ainda que a tarefa mais importante para a economia chinesa é acelerar a transformação do modelo de desenvolvimento econômico, ou seja, reajustar a estrutura econômica e elevar a qualidade e eficácia do crescimento econômico.
A questão sobre Ilhas Diaoyu é um dos destaques mais quentes de hoje. O vice-chanceler chinês, Zhang Zhijun, reiterou a posição do governo chinês quanto ao assunto.
"O futuro da questão de Ilhas Diaoyu não depende inteiramente de nós. Nós desejamos uma solução adequada da questão, mas não permitimos, de jeito nenhum, que a nossa soberania seja ameaçada."
Zhang Zhijun afirmou ainda que a China vai se esforçar para desenvolver a economia marítima, proteger o ambiente do mar e salvaguardar os direitos marítimos. Ao mesmo tempo, o governo chinês vai continuar garantindo a ordem marítima.
A população de idosos da China chegou aos 180 milhões, tornando a China no único país do mundo com mais de 100 milhões de idosos. Por esta razão, a questão da pensão de velhice afeta quase todas as famílias. O ministro do Ministério dos Assuntos Civis da China, Li Liguo, disse que a China incentiva mais investimentos sociais no sistema de pensões.
"Temos políticas preferenciais para incentivar a participação dos capitais sociais na construção do sistema de pensões. "
Segundo ele, as políticas preferenciais incluem a diminuição de impostos, assistência governamental e prioridade na utilização de terrenos e infraestruturas.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Miguel Torres