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Empresa de energia da China recebe milhões por meio da comercialização de emissões
  2013-03-01 20:30:57  cri

Uma empresa chinesa de geração de energia que usa metano em camadas de carvão como material anunciou nesta sexta-feira que recebeu 278 milhões de yuans (US$ 44 milhões) em 2012 por meio da participação em um projeto de comercialização das emissões que faz parte do Protocolo de Kyoto.

A Shanxi Jincheng Anthracite Mining Group (JAMG), empresa com sede na Província de Shanxi, a maior província produtora de carvão no norte da China, gerou 1,4 bilhão de quilowatts-horas de eletricidade no ano passado usando gás metano extraído de camadas de carvão, de acordo com a empresa.

O metano em camadas de carvão é um subproduto do carvão, e o principal fator de risco em minas de carvão. Caso for explorado, o volume de metano nas minas de carvão será reduzido de 70 a 85% e as minas se tornarão mais seguras.

Como uma fonte de energia limpa similar ao gás natural, o metano em camadas de carvão pode ser usado como químico industrial, combustível e material para geração de eletricidade.

Através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, em inglês), parte chave do Protocolo do Kyoto, a JAMG vendeu seus créditos certificados de redução das emissões, cada um equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono, aos países desenvolvidos que precisam atender às metas de redução das emissões especificadas no protocolo. A JAMG tem 91 geradores de turbinas de gás com uma capacidade instalada de 189 megawatts, 138 megawatts das quais pertencem ao projeto do CDM.

A empresa pode consumir mais de 300 milhões de metros cúbicos de metano em camadas de carvão anualmente e reduzir as emissões de dióxido de carbono equivalentes a 4,66 milhões de toneladas por ano.

O CDM permite que os projetos de redução das emissões em países em desenvolvimento obtenham créditos certificados de redução das emissões. Esses créditos podem ser comercializados para serem usados pelos países desenvolvidos.

O mecanismo estimula o desenvolvimento sustentável e a redução das emissões, concedendo aos países desenvolvidos alguma flexibilidade para que eles possam alcançar suas metas de redução das emissões.

Por Xinhua

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