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Sanção não resolve pela raiz a questão nuclear da RPDC
  2013-02-13 17:04:29  cri

"O Ministério de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) realizou, na terça-feira (12), pela terceira vez, um bem-sucedido um teste nuclear subterrâneo,", foi assim que a Televisão Central da RPDC anunciou o mais recente teste nuclear do país..

O teste, executado no norte do país, recebeu ampla condenação da comunidade internacional. O Conselho de Segurança (CS) da ONU, em uma reunião de emergência realizada hoje condenou o teste nuclear, classificando-o como uma clara ameaça à segurança e à paz internacional. Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o teste foi uma "clara e grave violação" das resoluções da organização.

Ao serem entrevistados pela Rádio Internacional da China, os especialista do Instituto dos Assuntos Internacionais da China confessaram que a sanção não pode resolver de maneira radical a questão nuclear da RPDC. Quanto à razão pela qual o país escolheu tal ocasião para realizar o teste, o vice-diretor da entidade, Ruan Zongze, fez as seguintes considerações:

"Penso que o fato do teste nuclear ocorrer neste momento deve-se a ponderação especial da RPDC. Por um lado, o CS aprovou no mês passado a resolução Nº 2087, em que condenou o recente lançamento do satélite do país e exigiu o fim dos experimentos nucleares. Por outro lado, os tomadores de decisão dos países principais estão passando por um período de transição. Por exemplo, os Estados Unidos, sua equipe de defesa nacional ainda não está pronta e o presidente Barack Obama assumiu o segundo mandato há pouco tempo. Também é o caso da recém eleita presidente sul-coreana, Park Geun Hye, que deve tomar posse no dia 25 deste mês. Neste contexto, a RPDC pretendia aproveitar o teste nuclear para causar um impacto e, depois, reconstruir as relações com as novas autoridades. "

Quando se consideram as influências do incidente para o nordeste da Ásia, o diretor do Instituto dos Assuntos Internacionais da China, Qu Xing, expressa a seguinte opinião:

"O terceiro teste nuclear da RPDC intensificou a tensão no nordeste asiático, que agora passa por uma situação delicada. Especificamente, a nova presidente sul-coreana tinha formulado novas ideias para relações bilaterais, como o conceito de 'unificação feliz', que deveria ser um ponto de virada nas relações entre os coreanos. Porém, por causa desse teste, o esforço pode falhar. No caso de Japão, é grande a preocupação com o fato da RPDC possuir armas de destruição em massa. O Japão pensa que poderá ser o primeiro alvo, em caso de conflito, pois na visão japonesa, a China é amiga da RPDC, a Coreia do Sul é irmã e os Estados Unidos ficam longe. O teste deve também afetar negativamente o relacionamento entre a RPDC com China. O governo chinês pediu várias vezes para que o teste não fosse realizado, mas a RPDC ignorou todos os pedidos"

Ainda nas palavras de Qu Xing, "a comunidade internacional tem um consenso acerca da proliferação nuclear e do congelamento de todos os testes. Portanto, a ONU deve aprovar novas sanções contra a RPDC. Mas como o país vive sob sanções desde 1960, além de bloqueios econômicos, as medidas não devem ter efeito real ao país. Por isso, o fundamental para resolver o problema dever ser a retomada da confiança, que é a posição defendida pela China na mesa das negociações. Ou seja, deve-se tomar em conta as preocupações de todos os envolvidos para restaurar a confiança mútua e, assim, buscar uma solução completa."

Tradução: Isabel Shi

Revisão: José Medeiros da Silva

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